sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Felipão e Parreira. Uma boa aposta?






Em sua vitoriosa primeira passagem pela seleção, Felipão emplacou a "Família Scolari" apoiado em um começo de trabalho com um grupo cheio de jogadores que já haviam passado pelas suas mãos. Dez anos depois, o técnico retorna à equipe nacional sem poder dar a largada com a segurança do mesmo artifício. Já não jogam mais  o goleiro Marcos, Ronaldo, Rivaldo, Cafu, Roberto Carlos, Emerson e o zagueiro Roque Junior. Sua última passagem pelo Palmeiras não foi boa e daquele grupo não podemos destacar um jogador selecionável. Desta vez, o máximo de repetição que Scolari pode conseguir em relação a jogadores é em relação a eventuais aproveitamentos de Ronaldinho e Kaká, nomes remanescentes da Copa de 2002. Juan está em péssima forma no Internacional e não me parece ser  o ideal para liderar a nossa zaga contra atacantes jovens e velozes que iremos enfrentar.
Sinceramente eu gostaria de ver um técnico europeu tomando conta da Seleção Brasileira. Não agora, faltando pouco tempo para a Copa das federações e da Copa do Mundo. Independente do resultado dessa Copa, deveríamos começar uma reformulação profunda, convocando Guardiola ou outro nome qualquer, que passaria a morar no Brasil, observar e analisar os jogadores que se encaixassem na fórmula moderna de jogar futebol que vemos nos campos europeus. Desde 1982 que eu não me empolgo com o futebol apresentado pelas nossas seleções. Foos campeões do mundo depois? Sim, fomos, mas porque a mediocridade era geral. Hoje, não. Os europeus, inspirados justamente naquele futebol alegre e vistoso de 82, modificaram radicalmente a forma de jogarem e tomaram conta do cenário mundial.
Um técnico europeu teria de ser bancado integralmente pela CBF. Como a CBF é comandada por velhotes que só pensam em poder e política e não em futebol, acho que dificilmente voltarei a me empolgar novamente com nossa seleção.
Curiosamente os técnicos brasileiros foram enfaticamente contra a idéia de importarmos um europeu. No entanto, eles não sentem o menor problema em irem treinar seleções e clubes mundo afora. Vanderlei deu errado com o Real Madri e Felipão lá no Chelsea. O mesmo Felipão, no entanto, se deu bem em Portugal. Joel Santana se aventurou na África; Parreira treinou várias seleções; Zico tem sua carreira de técnico toda ela baseada em terras longínquas e de pouca tradição futebolística. Abel Braga ganhou muitos petrodólares e fama. Nenhum deles se sentiu desconfortável em embolsar a grana e fama.
A seleção de basquete tem técnico argentino e tivemos novo alento nas participações mundiais. O Nível de nossa ginástica cresceu muito quando passamos a trabalhar com técnicos europeus. Não quero dizer que os técnicos brasileiros são incompetentes mas acho que estão defasados, acomodados todos no medo de garantir seu emprego. Enchem o meio campo de brucutus que só sabem distribuir pontapés nas canelas adversárias. A primeira lei de seus times é “parar o jogo”, entendendo-se por isso o uso sistemático e repetitivo de faltas, a maioria delas grosseiras. Quando conseguem fazer um gol, o time todo posta-se em retranca ferrenha, para “garantir a vitória”. Triste vitória. Magra, magérrima. Futebol? É um mero detalhe.
Seremos campeões? Ou vamos perder mais uma copa em casa? Das grandes seleções, só o Brasil não conseguiu ser campeão em casa. Em 50 éramos francos favoritos. Em 2014 seremos zebra. Sinceramente não estou animado... e vcs?




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