Não fiquei
chocado e muito menos comovido com o que aconteceu na semana passada em
Colorado, nos Estados Unidos. Cedo ou tarde um outro louco (ou loucos) entraria
em um ambiente público e metralharia pessoas aleatoriamente. Enquanto os
estadunidenses continuarem com essa política de “eu posso andar armado, é um
direito constitucional”, assistiremos, infelizmente em breve, a inúmeros casos
como esses.
Por
coincidência (ou não) esse massacre que aconteceu numa sessão especial do novo
filme do Batman, foi bem próximo a um outro massacre ocorrido há alguns anos
atrás, no colégio Columbine. O estado do Colorado é de maioria branca. Mas o
que isso tem a ver? Tem a ver com o “medo” que os antigos colonos americanos
tinham de sofrer represálias dos antigos escravos, os afro-americanos. Surgiu
daí a extrema necessidade de se andar armado pelas ruas. Um direito de se
defender de possíveis ameaças, diga-se ex-escravos.
O psicopata
que disparou aleatoriamente na direção de pessoas inocentes era um bom aluno,
estava fazendo doutorado, não parecia ser tão louco assim. Talvez sejam loucas
as pessoas que autorizam a comercialização de armas, inclusive pela internet,
onde o psicopata imbecil adquiriu mais de mil balas. Se não me engano, me
corrijam caso eu esteja errado, as armas só foram feitas para matar. Então não
deveria haver uma rígida fiscalização para que as armas não caiam nas mãos de
qualquer pessoa?
Por isso que
não fiquei chocado e comovido com o que ocorreu naquela sala de cinema. Tenho
certeza de que a maioria dos americanos é a favor do livre comércio de armas.
E, quem sabe, os pais de algumas daquelas vítimas não deve possuir uma pistola Glock
ou uma AR-15 guardadinha no armário de casa?
Parabéns para
o prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, pois ele foi o único político que
veio a público defender uma rigorosa fiscalização na venda de armas. Obama e
Romney preferiram ficar em cima do muro.
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