O crime
organizado carioca resolveu adotar a tática de guerrilha para combater as UPPs.
Temos assistido a diversos atentados contra os policiais e containeres da força
de pacificação. A tática não poderia ser melhor, já que os criminosos ainda
remanescentes nas áreas pacificadas se “disfarçam” de moradores e agem
livremente cometendo pequenos delitos em plena luz do dia.
A polícia terá que mostrar técnica,
tática e paciência para controlar a situação. Não é fácil viver sob o clima de
constante ataque. Os policiais que ocupam as UPPs terão que ter muita paciência
com os moradores, já que podem ficar indignados com as possíveis novas medidas
para sufocar a guerrilha dos traficantes. Provavelmente os policiais irão
intensificar as revistas nas casas e nos moradores. Isso irá gerar um clima de
estresse entre na população das áreas pacificadas, podendo acarretar em mais
algumas manifestações contra o sistema repressor da polícia carioca. E é
justamente isso que os traficantes querem.
A polícia não pode se tornar mais
uma força repressora no morro. Não se pode substituir uma força por outra. Ela
deve agir com muita calma e evitar ao máximo a violência contra a população
carente. O crime organizado ainda tenta se aproveitar da má fama que a policia
carioca tem, principalmente o Bope que, segundo o grito de guerra deles, sobem
o morro para “deixar corpo no chão”.
Os ataques vão continuar
acontecendo. A guerrilha funciona assim mesmo. Serve para surpreender uma força
maior e mais forte. Ela age no psicológico das forças dominantes. Manter a
calma é fundamental nessas horas. O crime esta perdendo força na capital
fluminense e só lhe resta tentar desestruturar a política do estado com esses
ataques de surpresa. Precisamos tomar cuidado para não haver retaliação por parte
da polícia. Não queremos que aconteça outra chacina como a ocorrida em Vigário
Geral. Caso isso ocorra será uma grande derrota para o estado e uma grande
vitória para o crime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário