Mais uma vez
o Rio de Janeiro é sede de debates, congressos e encontros sobre o
meio-ambiente. A última aconteceu em 1992, na famosa Eco92, e que, daquele ano
até os dias de hoje, nada de muito significativo mudou.
Eu gosto de ver as mudanças
visíveis. Nada de acordos bilaterais, promessas de redução de emissão de gases
poluentes e despoluição de baía de Guanabara. Eu quero ver resultados. Quero
chegar na enseada de Botafogo e poder tomar banho na praia. Caminhar até a
praia de ramos para dar um mergulho. Quero que a Comlurb faça coleta seletiva
do lixo da minha casa. Quero ver espalhado por todo o Rio de Janeiro caçambas
de lixo para pilhas e baterias de celular. Eu quero ver as melhorias para nosso
meio ambiente com os meus próprios olhos, e não impressos num sulfite A4.
Sabemos que o que é discutido nas
inúmeras palestras que andam acontecendo no Rio Centro não vai mudar muito
nosso cotidiano. Aliás, não deve mudar em nada no nosso Rio de Janeiro e quanto
mais no restante do país. Enquanto nosso transporte público for essa porcaria
que é, ninguém vai querer deixar o carro em casa para andar de ônibus
superlotado e trem constantemente avariado. Enquanto não for construída mais
ciclovias nas zonas norte e oeste, vamos continuar deixando nossas bicicletas em
casa. Coisa mais ridícula foi o chamado Dia Mundial sem Carro, onde o nosso
prefeito bancou o ridículo de sair de casa sem carro e ir trabalhar de bicicleta,
achando que assim todos fariam o mesmo. Ridículo.
Seria melhor investir todos esses
milhões gastos na Rio+20 em saúde, educação e transporte público. Nada de
convidar palestrantes e lideres mundiais que, na verdade mesmo, só querem é
fazer turismo sexual no nosso país.
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