terça-feira, 26 de junho de 2012

Paraguai


Um absurdo a falta (ou excesso) de democracia no Paraguai. Por mais absurdo que possa ter sido a administração turbulenta do presidente paraguaio, nada justifica o impeachment faltando apenas 9 meses para as eleições democráticas no país. Era tão urgente assim a necessidade de tirá-lo do poder?
            Uma das justificativas seria um filho bastardo que ele teve, na época que ainda era bispo, e que veio a tona logo após tomar posse como presidente. Uma outra justificativa seria o trágico desfecho de uma reintegração de posse, onde foram mortas 17 pessoas, numa fazenda próxima a fronteira com o Brasil.
            Burradas e má administração todo mundo esta sujeito a cometer. A resposta, se ele é digno ou não de continuar governando o país, teria que ser dado nas urnas, daqui a 9 meses.
            Imagine se a moda pega? Todo ano teríamos prefeitos e governadores tendo seus mandatos cassados em todo o território nacional.
            O que de fato aconteceu foi que o presidente do Paraguai estava isolado politicamente. Ele, ao ser eleito, acabou com 60 anos de hegemonia do partido Colorado, que agora “restabeleceu a ordem” e voltou ao poder, pois o vice presidente é do partido Colorado.
            Estranha coincidência ou não, o fato é que o Paraguai com isso pode ficar isolado entre os países sul-americanos. O presidente da Venezuela, Hugo Chavéz, já disse não reconhecer o atual presidente. O boliviano Evo Moralez idem. A presidenta Dilma Russef procurou ser mais cautelosa quanto suas declarações e vai aguardar a reunião dos países sul-americanos que acontecerá nos dias 28 e 29 deste mês.
            O Paraguai corre o risco de ficar de fora do Mercosul. O ex presidente pretende criar um governo paralelo e o povo pode voltar as ruas, onde provavelmente teremos mais mortes e prisões.
            Infelizmente quem pagará por isso será a população paraguaia. Torço para que tudo se revolva da forma mais justa e democrática.
Democracia de verdade.

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