Um absurdo a
falta (ou excesso) de democracia no Paraguai. Por mais absurdo que possa ter
sido a administração turbulenta do presidente paraguaio, nada justifica o impeachment
faltando apenas 9 meses para as eleições democráticas no país. Era tão urgente
assim a necessidade de tirá-lo do poder?
Uma das justificativas seria um
filho bastardo que ele teve, na época que ainda era bispo, e que veio a tona
logo após tomar posse como presidente. Uma outra justificativa seria o trágico
desfecho de uma reintegração de posse, onde foram mortas 17 pessoas, numa
fazenda próxima a fronteira com o Brasil.
Burradas e má administração todo
mundo esta sujeito a cometer. A resposta, se ele é digno ou não de continuar
governando o país, teria que ser dado nas urnas, daqui a 9 meses.
Imagine se a moda pega? Todo ano
teríamos prefeitos e governadores tendo seus mandatos cassados em todo o
território nacional.
O que de fato aconteceu foi que o
presidente do Paraguai estava isolado politicamente. Ele, ao ser eleito, acabou
com 60 anos de hegemonia do partido Colorado, que agora “restabeleceu a ordem”
e voltou ao poder, pois o vice presidente é do partido Colorado.
Estranha coincidência ou não, o fato
é que o Paraguai com isso pode ficar isolado entre os países sul-americanos. O
presidente da Venezuela, Hugo Chavéz, já disse não reconhecer o atual
presidente. O boliviano Evo Moralez idem. A presidenta Dilma Russef procurou
ser mais cautelosa quanto suas declarações e vai aguardar a reunião dos países
sul-americanos que acontecerá nos dias 28 e 29 deste mês.
O Paraguai corre o risco de ficar de
fora do Mercosul. O ex presidente pretende criar um governo paralelo e o povo
pode voltar as ruas, onde provavelmente teremos mais mortes e prisões.
Infelizmente quem pagará por isso
será a população paraguaia. Torço para que tudo se revolva da forma mais justa
e democrática.
Democracia
de verdade.
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