segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
As crianças do século XXI querem é ter uma moto
Quando eu era criança todo mundo queria ter uma bicicleta. Poderia ser uma criança, adolescente, adulto ou até mesmo um idoso, todos sonhavam em ter uma bicicleta para passear, trabalhar ou se exercitar. Hoje em dia isso mudou. Hoje todos querem ter uma moto. Pode ser uma pequena, tipo uma Honda Biz, mas todos querem ter o prazer de sentar no banquinho e, sem nenhum esforço, se locomover pelas ruas do bairro.
A moto hoje virou sinônimo de status, mas isso depende também da localidade onde você vive. Nos bairros mais pobres ela chega a ter a mesma importância de um carro 0k. Imagine só chegar em casa na garupa de uma moto, através de uma mototáxi? É como se você estivesse chegando em casa de limousine. Tem pessoa que gosta de aparecer, de se sentir observada enquanto chega em casa. Todos os vizinhos observando. Um verdadeiro Big Brother suburbano. "Morram de inveja, vizinhos!"
Mas isso não fica restrito apenas aos bairros mais pobres. Nos bairros mais ricos - tipo Zona Sul do Rio de Janeiro - o esquema é outro. Alí o que "bomba" é uma moto sport, tipo uma kawasaki. Imagine só chegar numa balada, numa porta de boate com uma kawasaki ninja? Vai chover mulher para cima do sortudo. Só o ronco do motor da moto já é o suficiente para atrair todos os holofotes da boate na sua direção.
Com essa onda de moto pra lá e moto pra cá, a população esta ficando, digamos, um pouquinho acima do peso. Estariamos observando um novo estilo de vida sedentária? Já não basta a onda de internet (facebook, orkut, msn) que deixa as crianças presas o dia inteiro sentadas em frente a um computador. Agora elas não querem mais ter uma bicicleta. As crianças do século XXI querem é ter uma moto, mesmo elas não tendo idade o suficiente para pilotar uma.
Não vou dizer que no meu tempo tudo era melhor, mas que as crianças e os adolescentes se exercitavam mais isso é a mais pura verdade. Hoje vejo a nova juventude passeando de moto e as bicicletas sendo utilizadas pela população mais velha. Uma inversão das coisas.
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