Quem me dera
que toda a aquela gente presente na Bienal do Livro realmente gostasse de ler.
Seria algo fenomenal e estupendo. Infelizmente, na minha modesta opinião,
apenas 20% dos presentes na Bienal do Livro gostam mesmo de ler. São aqueles
que leem no mínimo 2 livros por ano. Não precisa mais do que isso para entrar
na minha lista das pessoas que gostam de ler.
Com o fenômeno Facebook, o que
veremos daqui á algumas semanas é um festival de “partiu Bienal”. E sem contar
que entre os dias 29/08 e 08/09 teremos uma chuva de fotos do tipo “eu na
Bienal”. É o evento mais aguardado dos “pseudo felizes-ocupados-modernos” da
internet. Prefiro ficar de fora das redes sociais até passar a moda Bienal.
O que preencherá de fato a Bienal
serão as inúmeras excursões dos colégios e escolas do Rio de Janeiro. Ponto
positivo. Isso servirá de estímulo para as crianças e adolescentes, quem sabe,
tomar gosto pela leitura. Isso é muito importante. Quem sabe essas crianças e
adolescentes não conseguem estimular os pais a tomar gosto pela leitura?
Eu ainda sonho com os preços dos
livros abaixando. É um absurdo pagarmos em média R$ 35,00 reais por um livro
novo, um lançamento. Em alguns casos chega-se a uns R$ 50,00! A leitura acaba
ficando restrita a uma pequena parcela da população, onde deveria fazer parte
de toda a população.
A Bienal também não é vantajosa em
matéria de preços. Salvo algumas promoções, ainda pagamos os mesmos preços das
grandes livrarias. O que torna a Bienal vantajosa, de fato, é variedade enorme
de livros que encontramos por lá. É difícil você não comprar pelo menos 2
livros em cada edição.
Espero definitivamente que esse ano
a organização resolva o problema das longas filas. No ano retrasado fiquei mais
de 2 horas para comprar ingresso e adentrar no Rio Centro. Poderiam muito bem
criar novos postos de venda de bilhetes e aumentar o número de entradas nos
pavilhões. A população leitora e oba-obas agradecerão.
A Bienal é com certeza o melhor
evento em matéria de livros no país. Não vou comentar aqui sobre a Flip, que
ocorre na longínqua Paraty, que é um evento restrito a entrevistas e palestras
com autores e escritores. A Flip também sofre os mesmos problemas da Bienal: é
lotada de “facebuqueiros”, mas a diferença é que na Bienal os livros ficam
soltos, disponíveis a qualquer um folheá-los de graça!
Não
precisa ter 35 ou 50 reais pra comprar um exemplar da J. K. Rowling na Bienal, basta
encontrar um sofá ou um banquinho disponível e aproveitar o dia inteiro
viajando numa leitura de um bom livro.
Eu
recomendo Rubem Fonseca “Agosto”.
Um comentário:
A Bienal esse ano terá vários postos de venda de ingressos espalhados pela cidade, inclusive já pode comprar antecipadamente pela internet. Maiores informações no link abaixo.
http://www.bienaldolivro.com.br/canal/?a-bienal/2275/informacoes-gerais/
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