terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Racismo na Itália




Infelizmente tivemos outro caso de racismo na Itália. Dessa vez aconteceu no amistoso do Milan contra um tal de Pro Patria. Durante a partida ,Prince Boateng, do Milan,  foi xingado por um grupo de torcedores do time rival. Ele resolveu, então, abandonar a partida e teve o apoio dos outros jogadores de sua equipe, que imitaram seu gesto e deixaram o gramado. Ainda não sabemos o que acontecerá com a equipe do Pro Patria após o incidente mas, conhecendo Joseph Blater e a FIFA, isso deve ficar por isso mesmo.

            E, falando em Joseph Blater, eis que ele veio a público comentar o caso. Ele reprovou a saída de campo dos jogadores do Milan. Ué? Reprovou os jogadores de ficarem indignados com o ato de racismo sofrido por um companheiro de clube? Eles deveriam ficar em campo e deixar apenas o negão sair de campo, afinal as ofensas foram direcionados somente a ele e “nós, que somos brancos e italianos, não temos nada a ver com isso”? Essa é a sua solução, Sr. Joseph Blater?

            Historicamente sabemos que a Itália é um berço do xenofobismo internacional. A parceria Hitler / Mussolini foi uma das melhores de toda a história nesse quesito. No futebol não poderia ser diferente. Quem assiste o Calccio e presta atenção nos mínimos detalhes já deve ter reparado nas torcidas da Lazio e do Roma que, vez ou outra, adoram exibir um certo numero 88. Seria palpite para o jogo do bicho? Número da sorte de algum jogador? Não, senhoras e senhores, o numero 88 significa a oitava letra do alfabeto que juntas formam HH ou Hail Hitler. Isso mesmo, uma saudação nazista.

            Há quanto tempo que essas duas torcidas são racistas? Não sei. Desde que acordei para o mundo que sei bem que elas são assim. O que foi feito todo esse tempo para, pelo menos, tentar reduzir os atos de xenofobismo por parte delas? Nada! Talvez a solução seja parar de contratar jogadores não italianos e ficar com estrangeiros somente os escandinavos. Taí a solução para “resolver” o problema de xenofobismo na Itália. Mas seria injusto fazer isso com os times que tem sua torcida declaradamente não racista, como o Livorno que, infelizmente, encontra-se na série B do italiano.

            E, para mostrar que a FIFA é muito frouxa no quesito “combate ao racismo”, resolveram presentear a Russia com a próxima Copa do Mundo! Logo a Russia que tem um “exemplo” de time, o Zenite, onde sua torcida divulgou uma carta pedindo para que somente jogadores brancos, eslavos e escandinavos sejam contratados para jogar no time. É, minha gente, essa copa do mundo promete.

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