Infelizmente
tivemos outro caso de racismo na Itália. Dessa vez aconteceu no amistoso do
Milan contra um tal de Pro Patria. Durante a partida ,Prince Boateng, do
Milan, foi xingado por um grupo de
torcedores do time rival. Ele resolveu, então, abandonar a partida e teve o
apoio dos outros jogadores de sua equipe, que imitaram seu gesto e deixaram o
gramado. Ainda não sabemos o que acontecerá com a equipe do Pro Patria após o
incidente mas, conhecendo Joseph Blater e a FIFA, isso deve ficar por isso
mesmo.
E, falando em Joseph Blater, eis que
ele veio a público comentar o caso. Ele reprovou a saída de campo dos jogadores
do Milan. Ué? Reprovou os jogadores de ficarem indignados com o ato de racismo
sofrido por um companheiro de clube? Eles deveriam ficar em campo e deixar
apenas o negão sair de campo, afinal as ofensas foram direcionados somente a
ele e “nós, que somos brancos e italianos, não temos nada a ver com isso”? Essa
é a sua solução, Sr. Joseph Blater?
Historicamente sabemos que a Itália
é um berço do xenofobismo internacional. A parceria Hitler / Mussolini foi uma
das melhores de toda a história nesse quesito. No futebol não poderia ser
diferente. Quem assiste o Calccio e presta atenção nos mínimos detalhes já deve
ter reparado nas torcidas da Lazio e do Roma que, vez ou outra, adoram exibir
um certo numero 88. Seria palpite para o jogo do bicho? Número da sorte de
algum jogador? Não, senhoras e senhores, o numero 88 significa a oitava letra
do alfabeto que juntas formam HH ou Hail Hitler. Isso mesmo, uma saudação
nazista.
Há quanto tempo que essas duas
torcidas são racistas? Não sei. Desde que acordei para o mundo que sei bem que
elas são assim. O que foi feito todo esse tempo para, pelo menos, tentar
reduzir os atos de xenofobismo por parte delas? Nada! Talvez a solução seja
parar de contratar jogadores não italianos e ficar com estrangeiros somente os escandinavos.
Taí a solução para “resolver” o problema de xenofobismo na Itália. Mas seria
injusto fazer isso com os times que tem sua torcida declaradamente não racista,
como o Livorno que, infelizmente, encontra-se na série B do italiano.
E, para mostrar que a FIFA é muito
frouxa no quesito “combate ao racismo”, resolveram presentear a Russia com a
próxima Copa do Mundo! Logo a Russia que tem um “exemplo” de time, o Zenite,
onde sua torcida divulgou uma carta pedindo para que somente jogadores brancos,
eslavos e escandinavos sejam contratados para jogar no time. É, minha gente,
essa copa do mundo promete.
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