quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Premiação


Com o fim do Campeonato Brasileiro chegamos ao período de especulações para a formação de elenco para a próxima temporada. A palavra de ordem na maioria dos clubes, no momento, é reforço. Começaram as compras, trocas e empréstimos. Quando se tem dinheiro não há problema. É só verificar o melhor da posição ir até lá e contratá-lo. A questão é quando o bolso está vazio. O que fazer? Apelar pra jogadores baratos ou sem expressão, buscar a solução nas divisões de base, contar com a experiência de jogares mais velhos em final de carreira? Enfim, cada clube deve buscar uma solução para seus problemas.
O site SPORT TV fez uma enquete para verificar qual foi o melhor reforço do Campeonato Brasileiro 2012. Os eleitos eram Seedorf (Botafogo), Ronaldinho (Atlético), Jadson (São Paulo), Thiago Neves (Fluminense), Ganso (São Paulo), Romarinho (Corinthians), Barcos (Palmeiras), Fólan (Internacional) e Vagner Love (Flamengo), Elano e Zé Roberto (Grêmio). Lá, ganhou o atleticano Ronaldinho Gaúcho, seguido por Zé Roberto e Seedorf.
Com o assunto em evidência resolvemos analisar esses reforços citados. Criamos um prêmio simbólico, que será entregue, assim que for possível aos vencedores de cada categoria. Antes de começarmos, cabe uma explicação: Ganso está fora da disputa. Estreou nas últimas rodadas quando o título já havia sido decidido e já não tinha mais nada em disputa. Acompanheremos sua próxima temporada para analisá-lo adequadamente. Sendo assim, vamos aos prêmios:

Prêmio Esfoço em vão
Internacional, Flamengo e Fluminense fizeram de tudo para contratar Fórlan, Vagner Love e Thiago Neves, respectivamente, e não tiveram o retorno que esperavam. O uruguaio chegou com a fama de revelação da última Copa do Mundo e com a incumbência de levar o Inter ao título. Não jogou nada até agora. Para coroar a mediocridade ficou no banco no último Gre-Nal. O Flamengo gastou tudo o que tinha e o que não tinha para repatriar seu atacante. Chegou como salvador da Pátria. Ficou longe de render o esperado e ainda protagonizou gols inacreditavelmente perdidos. Só não foi pior porque seu time conseguiu escapar do rebaixamento. O Fluminense investiu não só dinheiro como sua imagem na contratação do meio campo. Foi acusado pelo Flamengo de aliciar o jogador, enquanto o mesmo ainda tinha contrato com o rubro-negro. Desagradou parte de sua torcida que era contra a contratação devido a sua passagem pelo rival.  Rendeu muito abaixo da sua passagem anterior pelas Laranjeiras. Para sua sorte, o time contava com um elenco forte e o título veio.
 

Prêmio vale quanto ganha

Jadson, Barcos, Elano, Zé Roberto e Romarinho. Cinco contratações que valeram o investimento. O meio campo não começou muito bem no tricolor paulista, bem como o time inteiro estava rendendo a quem do é capaz. Com a chegado do técnico Ney Franco encontrou seu lugar no meio campo, contribuindo para a recuperação do tricolor no campeonato que culminou no 4º lugar e a vaga na Libertadores, além de estar na final da Sulamericana.
O atacante do Palmeiras mesmo com seu clube sendo rebaixado se mostrou um típico “fazedor de gols”. Pode até não ter uma técnica apurada, mas sabe dominar e controlar a bola e consegue não se limitar a pequena área. Além de ter se identificado com a torcida. Com o elenco limitado do Palmeiras conseguiu fazer 14 gols. Número superior ao de muita gente, que terminou em sua frente na tabela.

Logo em sua estréia Romarinho marcou contra o arquirrival Palmeiras. Ali já mostrava ser um cara de sorte. No primeiro jogo da final da Libertadores contra o Boca entrou no segundo tempo e em minutos fez o gol da vitória. Só pelo gol da Libertadores já valeu a contratação, mas  ainda teve outras boas atuações. Bom jogador.

Elano saiu do Santos em baixa. Não Estava jogando nada. E passava mais tempo discutindo com ex-namorada via twitter do que jogando bola. Mas, o Grêmio conseguiu reacendeu seu futebol. Voltou a jogar bem. Seu compaheiro Zé Roberto dá show de vigor físico e técnica apurada. Os dois transformaram o meio-campo gremista. Nessa temporada, vimos um meio-campo menos brucutu bem diferente do que nos acostumamos a ver com Celso Roth e cia.

 
Prêmio renderam além do esperado




Ronaldinho Gaúcho e Seedorf atuaram juntos no Milão. O primeiro saiu de lá em baixa e depois de um leilão chegou ao Flamengo como a maior contratação de sua história, superando até o baixinho Romário. Não demorou muito para ser seduzido pela noite carioca, deixando o futebol de lado.  Atuações mediocres passaram a ser rotina. O atraso de salários e a insatisfação da torcida romperam rapidamente com o casamento. De herói à bandido em pouco mais de 1 ano. Escorraçado do Flamengo foi contratado pelo Atlético Mineiro. A torcida atleticana foi contra a contratação devido a seu comportamento boêmio e futebol decadente. O presidente do clube precisou bancar sua permanência. 

Ronaldinho começou a dar a volta por cima ao aceitar receber um salário muito inferior ao do clube carioca. Seu desejo era não ficar parado muito tempo. Conseguiu. Em entrevistas, afirmava que voltaria a entrar em forma para ser o jogador habilidoso que encantou o mundo. Talvez, nunca mais veremos o Ronaldinho do Barcelona. Aquele garoto que se tornou o melhor jogador do mundo e encantava a todos. Contundo, voltou a jogar muito bem. As festas continuam, mas parece que voltou seu foco para o futebol. Foi peça fundamental para a belíssima campanha do Atlético Mineiro. Mostrou que ainda tem muita bola para jogar. Brindou-nos com jogadas de extrema categoria. Já deveria ter voltado a seleção brasileira há muito tempo. Se continuar atuando dessa forma pode nos ajudar muito na Copa de 2014.
Seedorf já chegou causando surpresa ao aceitar se transferir para o Botafogo. O clube fez um excelente trabalho de bastidores, apresentou uma proposta real e conseguiu superar outros clubes brasileiros e estrangeiros na disputa pelo jogador. A curiosidade era para saber que tipo de Seedorf veriamos em campo? Os botafoguenses não queriam sofrer como seus rivais com um jogador que viera ao Rio para fazer turismo.  No primeiro treino, ao mostrar um físico invejável, Seedor, já começou a espantar as dúvidas. Estava em forma, sem contusão e pronto para jogar. Em campo, conquistou a torcida com seu futebol objetivo e criativo. Nada de firulas ou toques desnecessários na bola. Encantou diretoria e comissão técnica com seu profissionalismo. Tornou-se um líder dentro de campo, cobrando e incentivando seus companheiros. Com o time limitado e a temporada mediocre os resultados dentro de campo não vieram. Mas, em poucos meses, Seedorf, já valeu todo o esforço para contratá-lo. Ocupou o lugar de ídolo da torcida vago desde a saída do argentino Loco Abreu. Levou o botafoguense de volta ao Engenhão e, o melhor de tudo, despertou o orgulho do torcedor botafoguense em vestir a camisa do clube.
Com o mercado da bola aberto quais serão os premiados do ano que vem?
 

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