
Em sua melhor exibição na Libertadores, o Vasco vencia por 1 a 0 o Libertad
do Paraguai com um gol de Diego Souza. Controlávamos a partida com grandes
possibilidades de ampliar o placar e dividirmos a liderança com o time
paraguaio. A equipe mostrava-se mais
segura e leve como reflexo das mudanças feitas por Cristovão Borges que trocou
o péssimo Rodolfo pelo voluntarioso Renato Silva e escalou William Barbio no
ataque. O
fim de noite caminhava para o reencontro da equipe com as boas atuações do ano
passado.
Mas, Diego Souza resolveu entrar em ação. Não bastava ter feito o gol
precisava brilhar negativamente. Já no final do primeiro tempo, o jogador
resolveu retardar a cobrança de um escanteio tentando uma tabelinha curta inútil
com Felipe, reclamando do posicionamento dos jogadores adversários.
Fim do primeiro tempo. Ele deu uma entrevista esclarecendo que o time
havia recuado após gol em função da extensão do campo a fim de evitar o
desgaste para na parte final tentar liquidar a partida. Uma explicação até
coerente. No entanto, essa coerência parecer ter ficado no vestiário. Em sua
primeira jogada, sofreu uma falta dura que merecia, no mínimo, um cartão
amarelo. O árbitro só marcou a falta, a infração foi convertida e na seqüência
da jogada Diego ficou frente a frente com seu algoz. Com a bola dominada ele
tinha três opções: um cruzamento, uma tabela ou uma jogada individual.
Nada disso era importante para ele. O que queria mesmo era se vingar. Em
segundos, virou o corpo posicionando-se de costas para seu marcador e desferiu
uma cotovelada no rapaz. Gratuitamente.
Como não pegou em cheio tentou argumentar que havia feito um movimento com o
ombro para se proteger. O juiz não conversou e o expulsou. O que vimos a seguir
foi o show de despreparo de um atleta que se diz profissional. A novela de
sempre. Primeiro a negação (“não fiz nada”, “fui na bola” etc.) depois a recusa
em sair do campo. A diferença foi o toque pessoal que deu a cena, ao revidar a
agressão da torcida, atirando uma garrafa de plástico num torcedor.
O jogo que era nosso virou deles. Antes se pressionássemos um pouquinho
mais conseguiríamos aumentar o placar. Depois se eles pressionassem um
pouquinho o empate seria questão de tempo. E não demorou muito para isso
acontecer.
A atitude destemperada de Diego Souza prejudicou demais o time. Criou um
clima hostil dentro de campo e com a torcida adversária, além de destruir todo o
esquema tático. Com sua saída o jogo acabou não só para ele, mas,
principalmente, para o Vasco. Virou um ataque contra defesa. Diego Souza faltou
com respeito a seus colegas, que faziam uma bela partida e mereciam a
vitória, com a comissão técnica que precisou remodelar toda a estratégia e,
principalmente, com a torcida que foi obrigada a ver uma exibição menor de seu
time.
Diante de tamanha irresponsabilidade do jogador medidas disciplinares
precisam ser tomadas. E cabe a ele um pedido de desculpas formal a seus colegas
de trabalho e a torcida. No entanto, palavras não bastam. Para apagar sua
atitude, da noite passada, será preciso jogar muita bola para nos compensar.
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