sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cansei!

Nesse tempo entre o término do campeonato brasileiro e o julgamento da Portuguesa de Desportos que aconteceu hoje no Tribunal Pleno do STJD eu vi, li e ouvi tanta asneira que eu me pergunto como essas pessoas podem continuar encarando a profissão de jornalista seriamente.
Como bem disse o advogado do Fluminense, é cansativo defender o óbvio.
Todo mundo acha uma injustiça a Portuguesa ser rebaixada; todo mundo acha que o resultado do campo deveria ser mantido; todo mundo acha que o Fluminense não deveria ser beneficiado; todo mundo acha que deveria ser aberta uma exceção nesse caso; todo mundo acha que o Fluminense deveria abrir mão de disputar a série A; todo mundo acha que a Portuguesa é uma coitadinha; todo mundo acha que o jogo nada valia e todo mundo acha que as leis deveriam ser mudadas e essa era a oportunidade para se mudar as leis desportivas.
Ninguém fala, porém da grande questão: por que a Portuguesa escalou um jogador suspenso?
Ora... grandes nomes da imprensa nacional estão defendendo aquilo que durante anos eles mesmo execraram: burlar as leis para escapar do rebaixamento!
Eu tinha que viver para ver isso, porque se me contassem eu não acreditaria!

Não quero comentar mais sobre esse assunto. Cansei... defender o óbvio é cansativo!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cansei

O campeonato brasileiro já acabou, mas o noticiário ainda está inundado com matérias futebolísticas. Nos últimos dias, a decadência do Clube de Regatas Vasco da Gama atingiu o ápice. O nome do clube foi jogado na lama graças a um grupo de selvagens que se auto denominam torcedores. E a nossa diretoria que deu mostras, mais uma vez, de sua incapacidade de administração e de gestão de problemas. Nosso presidente desde o fatídico rebaixamento só fez um rápido pronunciamento de 40 segundos e uma declaração para o canal do clube, em que negava qualquer relação com os vândalos. Quando sabemos ser mentira, pois os fatos dão conta de que uma "pessoa da direção do clube financiou a viagem de volta de um dos brigões" Isso sem falar nos outros privilégios que esses bandidos tinham no clube. 

Não podemos pensar que Roberto Dinamite é o primeiro presidente de futebol a se comportar dessa forma. A Força Jovem, torcida organizada, de que faz parte os integrantes que foram ao Sul brigar, tem trânsito livre em São Januário há anos. E, em outros episódios, antes da Era Dinamite, já havia mostrado seu poderio, contudo agora está em evidência essa relação promiscua, que já falamos na coluna da semana passada. Alguns jornalistas têm feito uma cobertura muito parcial desse caso, dando a entender que o Vasco é o único clube a manter esse tipo de relação. Isso é prova de que o clube perdeu respeito. Qualquer um se acha no direito de falar qualquer besteira. A provocação de torcidas adversárias não é o problema. Futebol é assim mesmo. Quem não aceita, então vá torcer para outro esporte. O problema é ver a mídia execrar o clube. Notícias são veiculadas sem nenhuma apuração. Presidentes de outros clubes vão a público nos ridicularizar. 

E, para piorar ainda mais a nossa situação, perdemos o patrocínio da Nissan. A montadora rompeu o contrato alegando que não é positivo para empresa ver seu nome associado ao Vasco neste momento. Concordo plenamente. A imagem do clube está completamente manchada, associada à violência, incapacidade financeira, futebol medíocre e problemas políticos. O clube virou palco para disputas políticas. Agora com essa perda financeira vai ficar ainda mais difícil compôr uma equipe competitiva para a próxima temporada. Torcedores, se preparem para sofrer. Diante de um quadro desse fica difícil se animar a torcer. A disputa para o cargo de presidente já começou. Ano que vem será mais um ano de eleição suspeita, liminares, ameaças, etc.  Só nos resta torcer para que Eurico Miranda e Roberto Dinamite não vençam. O Vasco não pode voltar ao que era antes, quando o ditador de charuto reinava e também não pode permanecer como está. Infelizmente, os nomes que surgem para disputar com os dois são fracos e não apresentam nada de diferente. Enfim, não podemos perder a esperança...

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A volta dos que não foram

E, mais uma vez, o óbvio aconteceu. O Fluminense beneficiado com a punição de 4 pontos da Portuguesa permanece na série a, enquanto o time paulista irá fazer companhia ao Vasco, Ponte Preta e Náutico na série b. Não há nada de ilegal nisso. A lei foi cumprida à risca. Contudo, fico aqui me perguntando se fosse o contrário será que o resultado seria o mesmo? Também me questiono: o que leva um torcedor do Fluminense a ir para frente do Tribunal comemorar um resultado desse como se fosse uma final de campeonato brasileiro? Não há nada a comemorar, mas sim lamentar. Lamentar que seu clube esteja, cada vez mais, associado a desonestidade, a falta de ética, "a gostar de virar a mesa" etc. Isso é ruim para o clube. Posso estar enganada, mas em curto prazo os tricolores lamentarão essa ressurreição. Vimos, durante a semana, jogadores e torcedores sendo hostilizados nas ruas e campeonato brasileiro nem começou. Vem problema pela frente...

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Raja Casablanca
O Atlético Mineiro deve está até agora tentando entender o que aconteceu ontem. Os mineiros jogaram muito mal (Jô esqueceu como se faz gol, Réver, Diego Tardelli, Fernandinho, Léo Silva deixaram o futebol em BH), mas não podemos desmerecer os marroquinos que provaram que sabem jogar bola. Mais uma prova de que futebol se ganha em campo. Favoritismo não ganha nada. Torcedores atleticanos se preparem para a volta. 

Acho que os alemãs ganham a final, mas se entrarem em campo achando que farão gol quando quiserem correm o risco de se complicarem. Vai que...

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Acabei de ler e gostaria de compartilhar com vocês. Acho que tem tudo a ver com que venho abordando aqui.

Postado no site do jornal O Lance

O Vasco. Por um vascaíno

por Mauro Beting em 12.dez.2013 às 12:50h
ESCREVE MATHEUS BRITO
Eu sou um dos culpados pelo que acontece hoje com o meu Vasco.
Eu sou um dos que não enxergou a tempo a destruição que o Eurico estava causando.
Sou um daqueles que diziam “ele é ruim para o futebol Brasileiro mas é muito bom para Vasco”.
Sou um daqueles que riram quando ele colocou o Símbolo do SBT de graça em nossa camisa numa final de campeonato para tripudiar da Globo.
Sou um dos que achavam o máximo o Vasco não perder uma batalha em bastidores porque tinha o Eurico mandando e desmandando. Pior, quando acordei desse transe, vi meu clube sendo motivo de piada, um clube que não pagava ninguém, um clube sem credibilidade, lutando ano após ano para pertencer a elite como figurante, ou melhor, como “bônus” para grandes times conseguirem pontos.
Me culpo ainda mais pois fui novamente hipnotizado. “enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal” entoava Dinamite ao conseguir o poder. “O sentimento não pode parar”, bradava ele após cairmos. “O sentimento nos trouxe de volta”, dizia ele numa frase colocada em uma camisa comemorativa (a qual eu comprei) pelo retorno no ano seguinte. “O Vasco é gigante, mais do que nunca….” todos os discursos começavam assim. Vimos a formação de uma equipe poderosa, que os dedos de um goleiro, e os demandos de um ídolo fizeram ruir e se desmanchar.
Vendemos todos os ídolos e candidatos a tal.
E aqueles que não vendemos nos deixaram magoados por não receberem pelos seus serviços.
A culpa é minha também. A culpa é nossa.
Sim o Vasco que conheço e que aprendi a amar a tal ponto de não conseguir ficar um só dia sem ter notícias gigante sim. E quando pensávamos que ele havia despertado de um sono profundo, descobrimos que ele apenas dormia de pé, sonâmbulo que era.
Agora deitou novamente, está dormindo em um sono ainda mais profundo.
Mergulhou no sonho de permanecer na elite através de uma manobra política que já me orgulhei em outros tempos. Só hoje percebo o quanto isso apequena meu clube.
O Vasco tem jeito.
Também não sei quando e nem quem dará jeito. Que os nosso ídolos do passado que quiserem ajudar, estejam preparados. Não queiram ajudar somente por serem Vascaínos e ídolos. Se preparem, estudem, profissionalizem-se. Não me venham com “mais do que nunca o Vasco vai estar…”.
Com todo respeito, quem é o CAP para submeter o Vasco a uma vexatória goleada como a da última rodada do BR13?
Quem é Ponte Preta para ser rebaixada e ainda assim conquistar 4 pontos em cima do gigante da Colina?
Como o Goiás chega em São Januário com um atacante gordo e nos humilha da forma como fez nesse Brasileiro.
Isso para ficar apenas em clubes que em outros tempos somaríamos 6 pontos no campeonato.
Todos os times sabiam que São Januário fazia do Vasco um time quase imbatível. Sua torcida pulsava e impressionava o time rumo à vitórias e títulos. Nosso estádio, orgulho, lindo, histórico e ultrapassado. A imagem e semelhança do nosso clube. Histórico, lindo, nosso orgulho e ultrapassado.
Avante vascaínos. Só nós podemos trazer nosso clube de volta. Nenhum dirigente o fará. Nós podemos fazer.
ESCREVEU MATHEUS BRITO

Fico muito feliz em saber que não sou a única a enxergar a situação em que estamos.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cumplicidade

O esperado aconteceu. O Clube de Regatas Vasco da Gama foi rebaixado para a 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro. O time precisava vencer o Atlético Paranaense e torcer por uma derrota do Criciúma contra o Botafogo. Pois bem, o Botafogo derrotou facilmente os catarinenses, mas não fizemos nossa parte e fomos goleados pelo Furacão. Apesar do placar elástico, o bom futebol passou longe de Joinville. O jogo ficou marcado pela batalha protagonizada pelas torcidas organizadas dos clubes. Vascaínos e Atleticanos se enfrentaram nas arquibancadas do Estádio. Por alguns minutos, pela ausência absurda de policiamento, se espancaram livremente.

As imagens das agressões são chocantes, mas não surpreendentes. Esse tipo de episódio é comum nos estádios brasileiros. Talvez, o que tenha impressionado foi a falta de policiamento. A tragédia só não foi maior por obra do acaso. Resultado: alguns feridos e outros presos. A maioria dos feridos e presos já foram liberados para se preparem para o próximo confronto. Diante de tamanho absurdo assistimos a uma enxurrada de declarações de autoridades, atletas, políticos, jornalistas, cartolas etc condenando veementemente os atos. Contudo, sabemos que na prática nada vai ser feito. A impunidade reinará mais uma vez.

Esse comportamento criminoso não é característica somente das torcidas envolvidas na briga de domingo. Pelo contrário, essa é uma particularidade comum a todas. Esse tipo de agremiação deveria ser banida para sempre do futebol brasileiro à exemplo do futebol inglês. Os ingleses depois de muito sofrerem com a violência de seus hooligans resolveram bani-los dos estádios. Com certeza não foi uma ação simples e nem rápida. Foi preciso muito planejamento e um trabalho conjunto de autoridades e sociedade. Mas, foi possível. 

Não sei como era a relação das torcidas organizadas inglesas com seus respectivos clubes. Aqui, no Brasil temos uma relação de profunda promiscuidade. Dirigentes patrocinam essas torcidas, bancando viagens, liberando ingressos, cedendo sedes dos clubes para realização de eventos, distribuindo produtos licenciados, promovendo o acesso livre às dependências dos clubes etc. Em troca as usam para derrubar treinadores, pressionar jogadores, encher estádios em jogos sem apelo de público, serem eleitos etc, etc, etc. Não há interesse real em acabar com essas torcidas.

O futebol brasileiro está longe do padrão de qualidade FIFA. Não entendemos o futebol como um entretenimento. Nossos estádios ainda sofrem com o abandono, descaso, desconforto e falta de segurança. Não foram feitos para atender às necessidades do torcedor comum, aquele que não faz do fato de torcer para seu time uma profissão. Ele compra seus ingressos e em troca quer receber um estádio confortável, limpo, seguro, com opções de alimentação, banheiros limpos, e claro, assistir a um bom futebol. Se nada disso for oferecido ele simplesmente não vai. Simples assim. 

Nossos clubes, em sua maioria, não tem condições de oferecer o mínimo de qualidade ao torcedor, pois estão afundados em dívidas, além de praticarem administrações despreparadas e ineficientes. A venda de ingressos já é um show de horrores com pouquíssimos postos de vendas, preços absurdos, cambistas atuando livremente etc. Então, para nossos ilustres dirigentes, as torcidas organizadas são fundamentais. Seus integrantes não exigem muita coisa. Basta que seu time ganhe a qualquer custo, não estão nem ai para administração, cumprimento de contratos, pagamento de dívida... Ah claro, também é fundamental que possam liberar suas testosteronas, casualmente, matando uns aos outros. 

Por isso não acredito na punição dos torcedores envolvidos na briga de domingo e, muito menos, que os clubes - Atlético e Vasco - sejam exemplarmente punidos. Uns podem ficar presos por alguns meses, mas serão soltos e no próximo campeonato já estarão atuando novamente munidos de paus e pedras. Os clubes perderão alguns mandos de jogos, mas nada muito significativo. Ah sim, a provável multa financeira irá se somar ao montante de dívidas a pagar. Enfim, tudo acabará em pizza. 

Enquanto nossos dirigentes, jogadores, torcedores e sociedade não entenderem que futebol não é uma paixão nacional, e sim entretenimento conviveremos com essas torcidas organizadas agindo livremente, clubes falidos, jogadores sem profissionalismos (a moda agora é declarar seu amor pelo clube do coração em redes sociais, mesmo estando contratado pelo adversário), imprensa parcial e torcedores apáticos que quando seu clube, mesmo repleto de problemas, consegue chegar a uma final nacional pagam r$800,00 num ingresso. E assim caminhamos para a Copa 2014.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Filme repetido

Li em algum lugar que os últimos dias têm sido difíceis para os vascaínos. Discordo. Os últimos anos é que têm sido muito difíceis para nós. A conquista da copa do brasil (2011) foi um alívio passageiro ao nosso sofrimento. Fiz questão de escrever antes do rebaixamento, digo, antes da última rodada do campeonato brasileiro porque o resultado já não me interessa mais. Matematicamente ainda temos chances de nos manter na série a e pode ser que isso aconteça (apesar de não acreditar), mas já estamos moralmente rebaixados. 

Um time da grandeza e com a história de vitórias dentro (tetracampeão brasileiro, campeão sulamericano, campeão da libertadores, campeão da copa do Brasil entre outros) e fora (a aceitação de jogadores negros no século passado e a recusa em participar de um campeonato que não aceitasse esses atletas) de campo, além de uma torcida imensa que o apoia incondicionalmente como o Vasco da Gama não pode ocupar a zona de rebaixamento do campeonato nacional. 

Estamos sendo rebaixados há anos. Primeiro com uma administração que almejava ganhar a qualquer custo e para atingir seu objetivo não poupou nas lambanças. Somos um clube falido. Devemos a jogadores, empresários, empresas, ex-jogadores, técnicos, ex-técnicos, luz, água, segurança, porteiro enfim não cumprimos com nosso deveres trabalhistas. E agora com uma administração que dá a impressão de estar mais perdida que cego em tiroteio. 


Sei que há torcedores que não gostam de falar mal de seus times ou expor os problemas para não serem zoados. Não sou assim. Quero uma administração transparente. Não quero um clube que não honre com seus compromissos. Para mim não basta ser campeão a qualquer custo. Entre ser rebaixado e se manter na série a em função de mala branca e/ou viradas de mesa fico o rebaixamento. 

Nesse momento, todo mundo fica enumerando os fatores que podem ter causado a iminente queda. A lista com certeza é grande. Vai desde a herança macabra da administração passada que ainda tem uma grande influência no clube e faz de tudo para sabotar o trabalho atual até o despreparo dos atuais administradores que, no meu humilde, entender já deveriam ter pedido para sair. Acredito que as intenções do atual presidente sejam as melhores para o Vasco, no entanto, não está sendo capaz de exercer o cargo com competência. Sua gestão caminha para o segundo rebaixamento. Está jogando seu passado de ídolo como jogador de futebol na lama. O caos é tamanho que temos torcedores querendo a volta do ditador. Isso é reflexo do desespero e despreparo de uma parte da torcida que se deixa levar por qualquer coisa que ler ou ouve em nossa imprensa parcial.

Então, vamos esquecer os problemas políticos... O maior responsável por esse rebaixamento é a falta de planejamento. Ano passado só não lutamos para não cair porque pontuamos muito no início do campeonato e os times de baixo não conseguiram nos alcançar. Isso porque nosso time foi praticamente desmantelado no decorrer de 2012 com a saída de jogadores fundamentais. Então, nossos dirigentes pensaram: "Ufa! Não caímos, então, vamos nos preparar para 2013. Aprendemos. Agora tudo será diferente".

Será que alguém acreditou? 

Daí contrataram René Simões como diretor de futebol para reestruturar a equipe. E ai foi um tiro no pé, melhor na cabeça tamanha as besteiras que fez. O que vimos a seguir foi um festival de contratações sem nexo. Jogadores sem nenhum condições sequer de estar na série a. Moral da história...montamos um elenco fraco e sem condições de disputar qualquer título, inclusive, o Carioca. Nossa ação no ano foi de completar campeonatos. Completamos o Carioca, Copa do Brasil e o Brasileiro para que outras equipes brilhassem, sendo em muitos casos garantia de pontos para os adversários. Jogar em casa ou fora não fez nenhuma diferença perdemos de qualquer jeito. Ai ousam dizer que a culpa é da torcida que pressiona. Ah me poupe não dá para aturar lateral que não sabe cruzar, zagueiro que não sabe marcar ou goleiro frangueiro. Sem falar nos atacantes que só fazem gol em ano bissexto. A torcida só está errada numa coisa. Não pode gritar "queremos raça!" O certo é "queremos técnica".

Como era de se esperar René saiu logo, mas nos deixou um legado incrível. Seu "planejamento" é o maior responsável por essa campanha patética. Ah sim vão dizer, mas também ele não tinha dinheiro para grandes contratações. Concordo. Então, me digam Goiás e Atlético Paranaense tinham? Não. E mesmo assim montaram um elenco com-pe-ti-ti-vo. O esmeraldino fez contratações pontuais e baratas e o Atlético apostou na garotada da divisão de base.  Reduzir a campanha dos dois ao fator sorte é um desrespeito. O nome disso é planejamento. Pode ser que ano que vem façam tudo errado, contudo esse ano estão de parabéns. Provaram que quando se preparam as coisas acontecem. No Vasco, os anos passam e os problemas continuam os mesmos. Aposto que se conseguimos ficar na série a ano que vem tudo será igualzinho. O máximo que pode acontecer é piorar. Melhorar não vejo como. Quando fomos rebaixados, em 2008, sofri, mas inocentemente, pensei: foi preciso chegar ao fundo do poço para aprendermos. Vamos retornar a série a como um novo clube. Nunca me enganei tanto na vida. Enfim, não temos nada a comemorar senão fomos rebaixados. Moralmente, não estamos fazendo jus a ocupar nossa posição na série a. 

Depois eu conto como foi o meu domingo.

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Aproveito para tecer algumas palavrinhas a respeito de outros cariocas.

Como um time atual campeão brasileiro consegue lutar contra o rebaixamento no ano seguinte? Como o clube que tem um patrocinador consolidado há anos, um fornecedor de material esportivo forte, o elenco  praticamente o mesmo que foi campeão consegue fazer essa campanha ridícula? Acho que a palavrinha planejamento passou longe das laranjeiras também. 

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Ah e o Botafogo? Esse também gosta de fazer seu torcedor sofrer. Passou o campeonato todo brigando pelo título com a vaga da libertadores praticamente assegurada e nas últimas rodadas perdeu o rumo. Agora precisa vencer e torcer contra o Goiás para voltar a Libertadores depois de 17 anos. Difícil...

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O outro carioca ainda está flutuando pela esfera da alienação após a conquista da copa do brasil. Nesse momento, são os melhores do mundo. Nada como um dia após o outro para os problemas começarem a furar o bloqueio da perfeição criado por nossos "imparciais" jornalistas. 


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Quarto rebaixamento





E pela quarta vez na nossa história seremos rebaixados. Somente um milagre poderá salvar o Fluminense de mais um rebaixamento. Além de torcer contra Vasco e Coritiba, ainda vamos precisar vencer o Bahia. O mais difícil dessas missões será fazer a nossa parte, já que não andamos jogando bem a muito tempo.

Nunca havia acontecido isso no Campeonato Brasileiro. Um time ser campeão num ano e ser rebaixado no outro. Seremos os primeiros a realizar tal feito. Uma vergonha imensa. Um time com uma das folhas salariais mais altas do país não poderia estar na situação que se encontra. Pode parecer um absurdo a comparação, mas seria como se o Real Madrid ou o Barcelona estivessem na zona de rebaixamento do campeonato espanhol. Meus amigos, isso nunca vai acontecer na Espanha, mas aqui no Brasil vai.

E quem vai querer disputar a série B no ano que vem? Será que nosso Fred se sujeitará a disputar um campeonato de segunda categoria? Jean vai correr nos gramados esburacados do Sampaio Correa? Eu fico com essa pulga atrás da orelha. Muita gente vai se debandar do Fluminense por livre e espontânea vontade. Isso pode ser até bom, pois não aguento mais ver em campo Wagner, Diguinho, Anderson, Felipe, Marcelinho, Bruno, Leandro Eusébio, Gum e Rhayner. Por mim essa turma já poderia ter saído a muito tempo do Fluminense.

Esses jogadores acabaram estragando a programação do clube. Existia todo um projeto de marketing para o retorno do Conca, mas infelizmente as coisas mudarão daqui pra frente. O conjunto de incompetência jogadores-diretoria nos deixará de fora da série A, da Libertadores da América e Copa Sulamericana. São dois anos perdidos e milhares de reais desperdiçados. Justamente quando o Maracanã volta a ser utilizado pelos clubes do Rio, estamos rumando para a série B.

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Se já não bastasse a crise que estamos passando, rolou na semana passada a fofoca de que um dirigente da CBF orientou o Fred a sair do Fluminense, alegando que assim ele ficaria livre de contusões e poderia continuar sendo convocado para a seleção brasileira. Que p*** é essa? Virou bagunça? Estou esperando uma atitude dos nossos dirigentes sobre esse assunto. Vamos ficar na passividade e abaixar a cabeça para essa declaração preconceituosa? Eu espero que não!

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Que venha 2014 já!