sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Sobre o uso de animais em pesquisas científicas










Se um pesquisador propusesse testar um medicamento para idosos utilizando como modelo moças de vinte anos; ou testar os benefícios de determinada droga para minimizar os efeitos da menopausa utilizando como modelo homens, certamente haveria um questionamento quanto à cientificidade de sua metodologia.
Isso porque assume-se que moças não sejam modelos representativos da população de idosos e que rapazes não sejam o melhor modelo para o estudo de problemas pertinentes às mulheres. Se isso é lógico e estamos tratando de um mesma espécie, por que motivo aceitamos como científico que testem drogas para idosos ou para mulheres em animais que sequer pertencem à mesma espécie?

Por que aceitar que a cura para a aids esteja no teste de medicamentos em animais que sequer desenvolvem essa doença? E mesmo que o fizessem, como dizer que a doença se comporta nesses animais da mesma forma que em humanos?
Mesmo livros de bioterismo reconhecem que o modelo animal não é adequado.

Dados experimentais obtidos de uma espécie não podem ser extrapolados para outras espécies. Se queremos saber de que forma determinada espécie reage a determinado estímulo, a única forma de fazê-lo é observando populações dessa mesma espécie naturalmente recebendo esse estímulo ou induzi-lo em certa população. Induzir o estímulo esbarra no problema da ética e da cientificidade.

Certas drogas, inócuas em animais, já causaram grandes desgraças quando usadas em humanos. A mais conhecida foi a talidomida. Macacos não desenvolvem câncer de pulmão mesmo sendo obrigados a tragar cigarros continuamente. Se a diversidade genética entre indivíduos já é significativamente grande para levar respostas diversas após um mesmo estímulo, o que se pode esperar entre diferentes espécies?


Pesquisas já são feitas com voluntários, podem ser feitas em criminosos que desejem reduzir suas penas ou ainda em culturas de células humanas. Se forem necessárias outras técnicas, os seres humanos devem ser competentes o suficiente para desenvolvê-las. Um exemplo de desperdício na ciência é o descarte diário de milhares de cordões umbilicais, ricas fontes de células. A manutenção até os dias de hoje de experimentos em animais visa puramente interesses financeiros, e já deveria ter sido abolida há décadas.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Não é mais "proibido proibir"?








Todos que me conhecem sabem da minha admiração pelo compositor Chico Buarque de Hollanda. Sempre admirei sua luta contra a ditadura; imaginava como deve ter sido dolorosa a experiência de ser exilado do país amado; vibrava com a criatividade que ele se esquivava da censura, chegando até mesmo a inventar um pseudônimo (Jorginho da Adelaide) para poder escrever suas obras de arte. Ele, Caetano e Gil formavam opiniões, incentivavam os mais jovens a lutarem por liberdade e eu mesmo sempre os citava como exemplos de luta política, colocando Roberto Carlos no lado oposto (independente da obra deste como cantor e compositor).
Foi com um misto de incredulidade, decepção e amargor que soube que esse trio, justamente este trio, estão agora defendendo a censura!!!!!!
Um comediante do rádio diz que por mais que viva nunca verá tudo e eu aproveito para repetir outra frase feita: Nunca imaginei que um dia veria esses três baluartes da liberdade defenderem a censura! Logo quem? Caetano? Aquele que dizia que era proibido proibir? Não acredito!
Toda essa conversa é para comentar a respeito do manifesto que estão fazendo junto ao Supremo Tribunal para que mantenham a proibição de se escrever biografias sem autorização da personagem em questão. Ora... autobiografia ou biografia autorizada é apenas marketing pessoal.
Acredito que uma pessoa pública abdica de sua privacidade ao assumir essa condição. Uma pessoa pública é um livro aberto!
Eu duvido que Chico, Caetano e Gil não tenham em algum momento de suas vidas, lido alguma biografia!
Em tempos de internet, em que os papéis tradicionais da imprensa estão sendo reduzidos a pó pelo imediatismo das postagens em blogs, jornais eletrônicos e portais de notícias espalhados pelo mundo inteiro, duvido que exista ainda algo a esconder na vida de uma pessoa pública que possa manchar sua história pessoal de uma maneira tal que ela não possa mais exercer sua atividade! Ainda mais em tempos tão permissivos como os de hoje em dia aonde o escândalo chega a ser um atalho para a fama. Mesmo que efêmera.
Revistas, jornais, documentários e quaisquer outras formas de debates públicos sobre personalidades esmiúçam suas vidas para todos nós, a todo momento. Em um mesmo dia vc pode ler que Cazuza era gay; que Caetano e Gil fumavam maconha; que Chico Buarque não era bem vindo na Rede Globo;  que Elis Regina morreu de overdose de cocaína e que Renato Russo morreu de AIDS. Isso de alguma forma atrapalhou sua arte? Impediu venda de discos ou rendeu menos entradas para um show de qualquer um deles?
Há um argumento forte por parte dos artistas que dizem o seguinte: “A minha vida me pertence, minha obra é que é pública!”
Ora... na criação artística, público e privado são conceitos que na grande maioria das vezes se misturam o tempo inteiro! Cabe ao escritor separar o que é significativo para a história particular que quer contar, do que é calúnia, maledicência ou mera invasão de privacidade.
Acho que quem realmente se interessa por “defender a honra” dos biografados são os “herdeiros da obra”. Coloquei entre aspas porque muitos querem apenas e tão somente, lucrar com a morte do artista. Pessoas que não conseguiram viver às custas do parente famoso em vida, querem fazê-lo depois de falecido.

Não quero crer que o que movimenta os três artistas citados aqui em apoio ao “Rei” Roberto Carlos, tenha sido uma troca de favores em relação às suas lutas no terreno dos direitos autorais. Aí seria demais para minha cabecinha de fã. Isso, sim, causaria um enorme prejuízo na forma como vejo três artistas que muito admiro (ainda). 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Em São Paulo neste fim de semana...



Evento Pixel Show – São Paulo – 19 e 20/10/2013

O Pixel Show atualmente é considerado o terceiro maior evento de arte e criatividade do mundo. Este evento vem sendo realizado desde 2005, e conta com palestras, workshops, exposições, sessões de live painting com artistas e profissionais consagrados. Em paralelo será realizada uma feira de arte, moda e criatividade, que é aberta e gratuita ao público.

Imperdível para aqueles que apreciam criatividade, o Pixel Show recebe de braços abertos profissionais e estudantes de diversas áreas como ilustração, design, games, concept art, animação, cinema, intervenções urbanas, fotografia, charge, cartoons, quadrinhos, artes plásticas, arte de rua e tecnologia, se você aprecia algum desses temas ou todos eles, você está no lugar certo!

O Pixel Show ocorrerá nos dias 19 e 20 de Outubro de 2013 no Clube Hebraica, localizado na Rua Dr. Alceu de Assis – Jardim Paulistano – São Paulo/SP.

Mais informações: www.pixelshow.com.br


Dias 19/20 Outubro: The Union – Artistas digitais de Hollywood em São Paulo

Nos próximos dias 19 e 20 de outubro acontece no WTC, em São Paulo, a terceira edição do The Union, mais importante evento de efeitos visuais, concept art e design (para cinema e games) e arte digital da América Latina. Na ocasião, estudantes e profissionais da  indústria do  cinema, games, publicidade, animação, VFX, design e concept art poderão conhecer as mais modernas técnicas de produção de efeitos visuais e games e ainda ficar frente a frente com artistas digitais mundialmente reconhecidos, que assinam grandes produções da indústria do entretenimento, como Neil Huxley (Avatar, Watchmen, Ghost Recon Future Soldier), Neville Page (Avatar, Planet of the Apes, Superman Returns), Scott Spencer (The Hobbit, Iron Man, remake do clássico game Golden Axe), Cecil Kim (Twisted Metal Black, God of War), Alex Nice (Hugo – A Invenção de Hugo Cabret,  Elysium,  The Amazing Spider-Man), Ian Joyner (The Hunger Games, Cowboys & Aliens, The Avengers) e Brandon Young (The Girl with the Dragon Tattoo, Dante?s Inferno, Bio Shock) darão palestras que serão verdadeiros shows.
O que é: terceira edição do mais importante evento de efeitos visuais, concept art e design  e arte digital da América Latina.
Quando: 19 e 20 de outubro de 2013
Onde: WTC Golden Hall (Av. das Nações Unidas, 12551 – São Paulo / SP)
Organização / realização: Saga – School of Art, Game & Animation (www.saga.art.br) e Gnomon School of Visual Effects (www.gnomonschool.com)
Mais informações, inclusive sobre onde comprar ingressos e preços: www.theunion.com.br

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A situação de Paes e Cabral




Dias desses, vendo o programa político de um determinado partido, fiquei pensando na situação do nosso governador e do nosso prefeito . Há uns meses atrás eles estavam com a vida cor de rosa. O Programa de Unidades Pacificadoras estava de vento em popa, a popularidade atingindo níveis estratosféricos e Sérgio Cabral Filho já conversava com Paes e Pezão para se eternizarem no poder por muitos anos. A ideia era a mesma usada por Lula e Dilma. Um ficaria quatro anos no poder, sendo reeleito e passando o poder para o vice ou para o Prefeito. Este por sua vez, ficaria os oito anos e entregaria o poder novamente ao primeiro, e assim sucessivamente.
Era uma boa ideia. Três vezes oito, vinte e quatro anos  mandando no Rio de janeiro! Já pensaram?
De repente, o gigante acordou! Multidões nas ruas exigindo seus direitos! Cariocas insatisfeitos com o abandono da saúde pública e a educação formaram acampamento diante da casa do governador.
Rádio, TV e jornais mostravam a truculência da polícia!
Professores em greve exigindo não só aumento de salário, mas investimento nas escolas públicas: estaduais, federais e municipais.
Uma avalanche de denúncias envolvendo a esposa do governador; As negociatas escusas de Paes e Cabral com os donos da Delta, com donos de empreiteiras e Eike Batista; o caso mal explicado do Engenhão; a concessão à iniciativa privada e a confusão em torno da reforma do Maracanã, etc, etc...
Hoje, governador e prefeito se fingem de mortos. Esperam o furacão passar para voltar a atuar politicamente. Apostam na memória falha do eleitor carioca. De repente, sumiram as inserções praticamente diárias que mostravam o nome de Pezão como o sucessor natural de Sérgio Cabral.
Espero que a população carioca não deixe o nó afrouxar! Essa é a hora boa, a nossa hora! É a hora do voto! A única vez em que os políticos dedicam um pouco de sua atenção para a plebe urbana!
Vamos dar prosseguimento aos movimentos das ruas, votando com consciência e discernimento!