sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O diferencial do Papa Francisco





O Papa Francisco segue surpreendendo. Em um entrevista para a revista jesuíta “Civiltà Cattolica” ele defendeu que a igreja católica deixe de lado a sua obsessão em pregar contra gays, aborto e métodos contraceptivos e não permita que isso domine seus ensinamentos. Ao contrário, deve dedicar-se a ser mais acolhedora, com pastores compreensivos em vez de burocratas frios e dogmáticos!
”A religião tem o direito de expressar suas próprias opiniões em serviço às pessoas, mas Deus, na criação, nos fez livres: não é possível interferir espiritualmente na vida de uma pessoa”, afirmou o Padre.
“A proclamação do amor salvador de Deus vem antes de imperativos morais e religiosos.”
Para ele, a igreja deve ser como um hospital depois de uma batalha: as pessoas devem ser atendidas.
Suas opiniões não deveriam causar tanto espanto, já que ele prega exatamente aquilo que Jesus disse há mais de 2.000 anos atrás. Esse papa é realmente mais próximo do homem comum, simples e cheio de amor, como deve ser todo Cristão. É um Papa que reza na sala de espera do dentista; sentiu-se aprisionado no Palácio pontifício; Ama Mozart, Distoievski e Hölderlin e tem queda por filmes italianos.  “La Strada” de Fellini é um dos seus favoritos.
Na entrevista ele conta a seguinte passagem: “Uma pessoa me perguntou uma vez, para me provocar, se eu aprovava a homossexualidade. Respondi com outra pergunta: diga-me: quando Deus olha para um homossexual, ele aprova a existência dessa pessoa com amor ou a rejeita e condena?”
O que o Papa quis dizer com isso? É mais importante o gay amar a Deus do que a Igreja condenar sua opção sexual, estabelecendo uma diferença clara entre o erro e o errante. “O erro é combatido, e continuará sendo, mas o errante é acolhido sempre”.
Para terminar, Francisco frisou que a Igreja deve ser “uma casa para todos” e não uma “capela pequena em que cabe apenas um grupinho de pessoas”.  


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