O Papa Francisco segue
surpreendendo. Em um entrevista para a revista jesuíta “Civiltà Cattolica” ele
defendeu que a igreja católica deixe de lado a sua obsessão em pregar contra
gays, aborto e métodos contraceptivos e não permita que isso domine seus
ensinamentos. Ao contrário, deve dedicar-se a ser mais acolhedora, com pastores
compreensivos em vez de burocratas frios e dogmáticos!
”A religião tem o direito de
expressar suas próprias opiniões em serviço às pessoas, mas Deus, na criação,
nos fez livres: não é possível interferir espiritualmente na vida de uma pessoa”,
afirmou o Padre.
“A proclamação do amor salvador
de Deus vem antes de imperativos morais e religiosos.”
Para ele, a igreja deve ser como
um hospital depois de uma batalha: as pessoas devem ser atendidas.
Suas opiniões não deveriam causar
tanto espanto, já que ele prega exatamente aquilo que Jesus disse há mais de
2.000 anos atrás. Esse papa é realmente mais próximo do homem comum, simples e
cheio de amor, como deve ser todo Cristão. É um Papa que reza na sala de espera
do dentista; sentiu-se aprisionado no Palácio pontifício; Ama Mozart,
Distoievski e Hölderlin e tem queda por filmes italianos. “La Strada” de Fellini é um dos seus
favoritos.
Na entrevista ele conta a
seguinte passagem: “Uma pessoa me perguntou uma vez, para me provocar, se eu
aprovava a homossexualidade. Respondi com outra pergunta: diga-me: quando Deus
olha para um homossexual, ele aprova a existência dessa pessoa com amor ou a
rejeita e condena?”
O que o Papa quis dizer com isso?
É mais importante o gay amar a Deus do que a Igreja condenar sua opção sexual,
estabelecendo uma diferença clara entre o erro e o errante. “O erro é
combatido, e continuará sendo, mas o errante é acolhido sempre”.
Para terminar, Francisco frisou
que a Igreja deve ser “uma casa para todos” e não uma “capela pequena em que
cabe apenas um grupinho de pessoas”.
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