Estou tirando férias oficiais do meu cargo de torcedora do Vasco. Meu amor pelo clube permanece o mesmo, talvez, até um pouco mais intenso. Porém, para manter a sanidade mental preciso tirar uns dias de folga. Não dá mais para acompanhar tanta falta de profissionalismo que domina São Januário há décadas. Infelizmente, não é mérito da diretoria atual porque nem para isso ela serve.
Então, como estou com minha leitura de ficção atrasada voltarei minhas energias de torcedora para zerar a lista pendente. Como pontapé inicial estou lendo "O clube do filme" - relato verídico de um crítico de cinema desempregado, David Gilmour, que ao perceber o descaso do filho adolescente, Jesse, com a escola resolveu lhe propor algo inesperado: parar de estudar, não precisar trabalhar e em troca assistir a 3 filmes por semana escolhidos por ele e em sua companhia.
Gilmour tenta através dos filmes passar mais tempo com o filho e despertar o interesse do garoto pela vida. Para isso recorre a títulos como "Os incompreendidos", "Instinto Selvagem", "Cidadão Kaine", "Ladrões de bicicleta", "A doce vida" etc, procurando sempre que o filho capture as lições de moral embutidas. O livro está longe de ser uma obra-prima, mas vale a pena a leitura se você está disposto a enveredar por uma história sem muito rigor técnico literário, despretensiosa e real que mostra como pode ser difícil educar uma pessoa.
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