Ao contrário
dos outros estádios construídos para a Copa do Mundo, o Maracanã foi o último a
ser utilizado para os jogos nacionais. Digo o último que ficou pronto, afinal
ainda temos algumas arenas que não ficaram prontas. Essa demora é no mínimo
estranha, mas não é sobre isso que gostaria de escrever.
Sinto falta das cadeiras azuis do
Maracanã onde todos podiam assistir aos jogos juntos, sem a divisão de torcida.
E, por incrível que parece, não havia confusão por isso. Todos assistiam aos
jogos no maior clima de descontração e amizade. Grupo de amigos poderiam ir
juntos assistir as partidas, sem a necessidade de cada um se dirigir a sua
arquibancada e somente no final se reencontrar e, caso houvesse vitória de um dos
times, zoar o colega do time rival.
A impressão que tenho é a de que o
Maracanã foi reconstruído para a Copa do Mundo sem haver um estudo sobre as
torcidas ou uma busca de opinião dos torcedores, para saber o que de fato daria
certo ou não na realização dos jogos nacionais. Bastava buscar a opinião de
especialistas no assunto para saber o que vinha dando certo. O que li sobre o
assunto foi que a concessionária que administra o Maracanã quer que seus
torcedores se comportem como torcedores de Wimbledon, aquele campeonato
elitista de tênis. Isso não vai dar certo.
A grande inauguração do que um dia foi
o maior estádio do mundo será entre Fluminense e Vasco da Gama, partida válida
pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. Essa será a verdadeira inauguração do
estádio, pois só agora veremos como funcionará o Maracanã pós-Copa do Mundo. A
Copa durará apenas um mês, mas o Maracanã e suas medidas para atrair os
torcedores deverão durar por muito mais tempo.
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