sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A verdadeira situação do Brasil em caso de guerra! (parte 3)







O ensino nas escolas militares, antes voltado para a guerra convencional entre Estados (cada vez mais rara desde a Segunda Guerra Mundial), sofre reformulações e incorpora aprendizados obtidos em operações realizadas com diversos órgãos nas áreas de fronteira e nas missões de Garantia da Lei e da Ordem (como é denominado o uso de tropas em segurança pública), como greves das polícias e ocupação de morros do Rio de Janeiro.

“O Exército é sempre o mesmo, mas a realidade muda. A América do Sul é uma região pacífica, mas não podemos abrir mão de que eles [jovens militares] aprendam como atuar em grandes combates de guerra convencional", diz o general Fernando Vasconcellos Pereira, diretor do Departamento de Educação e Cultura do Exército.

"Em 2012, começamos a reduzir a carga horária de aulas sobre guerras da antiguidade e clássicas, tentando trazer isso mais para a nossa realidade, com os conflitos modernos, como Iraque, Afeganistão, guerra ao terror. O mundo agora é outro”, acrescenta o general.

“Não entramos em nenhuma ação sem preparação específica. Seja para ocupar o morro do Rio de Janeiro ou para enviar tropas para a missão de paz no Haiti, nos dedicamos para isso. E, no nosso ensino, o que é vivenciado nas ruas passa a fazer parte do dia a dia”, garante.

Para o capitão Flavio Américo, que liderou, por um ano, um grupo de observadores da ONU que monitorava o conflito no Sudão e também comandou tropas durante o emprego do Exército em morros do Rio de Janeiro, nas eleições de 2008, o Exército ainda está aprendendo a atuar perto da população.

"A preparação que eu tive, tanto para atuar na segurança do Rio quanto para a missão de paz, foram excelentes. Somos treinados para essas situações", diz o oficial, com ponderações.

"Mas a formação que temos é voltada para a guerra, no modelo de combate convencional e com armamento pesado, como canhões. Hoje, o conflito é entre a população, com um inimigo não definido, com armas e equipamentos diferentes e com uma grande atuação interagências. Nesse tipo de guerra é fundamental o apoio da população. O choque entre as forças é, na realidade, um confronto de vontades para ter a população a seu lado”, defende o capitão.

Segundo o general Fernando Vasconcellos, da diretoria de ensino do Exército, houve, em todas escolas militares, o incremento do ensino de novas tecnologias, guerra cibernética, inteligência, missões de paz e terrorismo. "O nosso oficial e praça, hoje, sai formado disciplinarmente, sabendo atuar em vários tipos de operações”, garante.


Serviço militar obrigatório

Ao contrário da Marinha e da Aeronáutica, que realizam concursos para praças de baixa patente, o Exército não conta com soldados profissionais. A maioria dos jovens ingressa na Força através do serviço militar obrigatório, aos 18 anos. O tempo máximo de permanência é de oito anos, e o pedido para continuar sendo militar é feito anualmente.

Com isso, o Exército perde soldados que receberam pesados treinamentos e que acabam contratos por multinacionais e por empresas de segurança. Nos últimos oito anos, o corte de recursos para a Defesa diminuiu em quase 50% o número de vagas para o serviço militar. Em 2004, eram 117.779 vagas disponíveis, reduzidas para 61.430, em 2012.

Segundo dados do Exército, mais de 92% dos jovens convocados são voluntários, que recebem aulas de tiro, de sobrevivência na selva, cumprem tarefas de limpeza do quartel e ganham R$ 500 por mês.


“Eu quero ser militar porque é algo de família. Meus avós seguiram carreira, eu quero fazer o mesmo. Quero ter uma vida independente, sem ajuda de pai ou mãe, e não precisar correr atrás de emprego”, diz o estudante Ronan Ferreira de Lima, de 18 anos.
Filho de empresários do interior de São Paulo, Ronan compareceu à Junta de Serviço Militar em Santo Amaro em 30 de abril, último dia disponível para o alistamento militar neste ano.




“Eu acho que [servir] ajuda psicologicamente a ter determinação. Eu não tenho medo das dificuldades, de serem carrascos. Não me importo com isso, não”, acrescenta ele.


Só na capital paulista, 98 mil jovens se alistaram em 2012. Apenas 1,2 mil serão convocados, segundo o tenente Nelson Paravani, coordenador das juntas de serviço militar de São Paulo.
“Eles chegam nas juntas, apresentam os documentos e fazem o alistamento, dizendo se é ou não voluntário. Isso é obrigatório, segundo nossa Constituição. A maioria que quer servir é de nível escolar baixo. Por isso, selecionamos os melhores”, diz Paravani.

Os jovens que são dispensados devem prestar juramento à bandeira brasileira, afirmando que, em caso de guerra, ajudarão a defender a Pátria. Quem já está fazendo faculdade é chamado para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), em que recebe, durante meio turno, instruções militares básicas para comando.

O tenente diz que o alistamento militar pela internet será testado, no próximo ano, como forma de diminuir as longas filas durante o período e a espera dos jovens para apresentar documentos e saber o resultado.

“A partir de 2013, pretendemos que o processo seja feito pela internet, através do site da prefeitura. Será um piloto que o Exército testará primeiro em São Paulo. A forma é semelhante ao agendamento para inspeção veicular: o jovem escolhe a data e o horário para comparecer e evita os tumultos”, diz o oficial.


O estudante Igor Pedro Santos começou a servir em um quartel no Rio de Janeiro em março deste ano. Voluntário, ele comemora a convocação. “Tenho três irmãos que trabalham e não quiseram servir. O sonho do meu pai sempre foi ter um filho militar e eu, desde pequeno, gosto disso. Minha família me apoia”, diz.

“Vida de militar não é mole, não. Tem que gostar para conseguir chegar longe. Passei muita dificuldade nos treinamentos, mas lembrava que minha família torcia por mim e não desisti”, afirma o jovem ao relembrar de rastejamentos, de comida escassa e das longas marchas no curso de preparação para ser soldado.

A lei que trata do serviço militar no país é de 1964 e obriga que todo homem, ao completar 18 anos, apresente-se a uma Junta de Serviço Militar em sua cidade para o alistamento.

Como o número de vagas é pequeno, um dos objetivos da Estratégia Nacional de Defesa (END), promulgada em 2008, é promover mudanças na legislação para “tornar o serviço militar obrigatório realmente obrigatório”. No futuro, segundo a END, os dispensados do serviço militar deveriam ser usados em um serviço civil, “de preferência em uma região do país diferente da que vivem”.
No entanto, na reformulação do texto, que foi entregue em julho deste ano pelo Ministério da Defesa ao Congresso e que ainda precisa ser aprovado, o trecho foi retirado. A nova versão diz apenas que, “como o número dos alistados anualmente é muito maior do que o número de recrutas", eles serão selecionados de acordo com “o vigor físico, a aptidão e a capacidade intelectual”.

Segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, que trata dos projetos da END no Exército, ainda não há nenhuma definição sobre mudanças. "O serviço militar é obrigatório só no nome, porque mais de 90% dos nossos soldados são voluntários. O que queremos é melhorar o nível de profissionalização desse jovem, que terá que atuar com novas tecnologias e inteligência nos próximos anos. Dizem que o nível do nosso soldado é muito baixo. Mas ele é o extrato da sociedade", afirma.


Transformações internas

Em 2011, o Exército incorporou a primeira tenente mulher de descendência indígena. Natural da terra Waiãpi, localizada no município de Mazagão (AP), Silvia Nobre Lopes, de 36 anos, é fisioterapeuta e atua no Rio de Janeiro.




Quando criança, Silvia ficava triste por não poder hastear a bandeira nacional. “Jurei para mim mesma que ainda faria isso”, diz a oficial. “Sempre ouvia que, como indígena, eu era o verdadeiro brasileiro. Mas a realidade era diferente”, relembra.

A tenente foi vítima de uma tentativa de estupro, na adolescência, e precisou fugir do agressor.

“Decidi que aprenderia a correr e me tornei uma atleta”, afirma sobre a decisão tomada após o episódio. Durante uma competição, foi observada por treinadores do Vasco da Gama e recebeu uma bolsa para estudar fisioterapia na capital carioca. Ela prestou concurso para oficial temporário e se formou em 2011, ingressando no Exército.

“Para mim, hastear a bandeira agora, no Hospital Militar, e ainda ajudar na reabilitação das pessoas são dois sonhos realizados”, diz.

Para Silvia, a presença de indígenas nas Forças Armadas, apesar de ainda incipiente, só tende a aumentar e a trazer benefícios. “Na Amazônia, os índios são os que melhores conhecem a selva, são preparados para aquele ambiente. Vários pelotões de fronteira usam indígenas como soldados no serviço militar obrigatório. Tenho muitos amigos índios que estão se formando e querem seguir carreira militar também.”

O Exército também aceitou, em 2012, o casamento de um oficial gay, que passou a morar com o companheiro. O major, que é médico e trabalha no Hospital Militar de São Paulo, não quis falar sobre o tema. Ao G1, o Centro de Comunicação Social do Exército diz estar ciente da cerimônia social de casamento do oficial, apesar dele não possuir registro civil do matrimônio nem de união estável.

“O Exército Brasileiro não discrimina qualquer de seus integrantes, em razão de raça, credo, orientação sexual ou outro parâmetro. O respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todos os níveis, é condição imprescindível ao bom relacionamento entre seus integrantes e está alinhado com os pilares da Instituição: a hierarquia e a disciplina”, diz a nota.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cowboys derrotam Dolphins e encerram pré temporada com 3 vitórias e 1 derrota



Ontem os Cowboys derrotaram a equipe dos Dolphins e encerraram a pré-temporada com 3 vitórias e apenas uma derrota. Semana que vem a equipe de Dallas estréia a temporada NFL contra seu maior rival, New York Giants em Nova Iorque.
            Os Cowboys resolveram poupar o qb Tony Romo  e jogaram com o limitado McGee, que não estava muito inspirado na noite. Ele não conseguiu dar um passe para touchdown, mas mesmo assim os Cowboys venceram com facilidade.
            Os Dolphins saíram na frente do placar com dois fieldgoals, acertado pelo kicker D. Carpenter ainda no primeiro quarto. No segundo, os Cowboys reagiram e chegaram a virar o jogo com um fieldgol (D. Bailey) e 2 touchdowns (O. Lemon e P. Tanner). Ainda deu tempo para D. Bailey acertar mais um fieldgoal de 30 jardas. Terminava o primeiro período no placar de 20x6 para os Cowboys.
            No terceiro quarto novo touchdown para a equipe de Dallas, com uma corrida de L. Dumbar. O placar de 27x6 deixou a equipe dos Cowboys mais confortável, onde os Dolphins aproveitaram para marcar o primeiro touchdown da equipe de Miami no jogo. L. Miller foi o responsável pelos 6 pontos e mais um extra-point convertido por Carpenter.
            O último quarto foi o mais tranqüilo do jogo, onde somente os Cowboys marcaram ponto. Um fácil fieldgoal de 28 jardas para decretar mais uma vitória para a equipe de Dallas. Os Dolphins encerraram a pré-temporada com uma péssima campanha de 4 derrotas em 4 jogos. Os Cowboys terminaram com 3 vitórias e 1 derrota.
            Quarta-feira começa oficialmente a temporada regular da NFL com a partida entre Dallas Cowboys e New York Giants. É o clássico da conferência Nacional dando início a mais uma corrida para o Superbowl.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

criação de jogos: RPG maker


Vou fazer uma séria de postagens mostrando algumas ferramentas para os interessados e curiosos sobre a criação de jogos. Tanto profissional quanto amadora.

Um dos programas para criação de jogos mais famosos aqui em território nacional é o RPG maker, ajudado pela editora "digerati", que lançou centenas de produtos repetitivos de como criar seu game, e o programa vinha anexo a um cd junto com uma revista. é um programa bom, porém extremamente limitado, fazendo que vários jogos feitos nele, acabe parecendo o mesmo. você nao pode mudar o ângulo da camera, dentre outras limitações. Mas é um bom começo para quem nunca criou nada.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Coluna do Cowboy


A expectativa é muito grande para o início da temporada regular. Expectativa  pelo simples fato de já começar com o grande clássico Cowboys x Giants. Pra quem desconhece a rivalidade, ela pode ser equiparada a um FlaFlu ou um Grenal da vida. São as duas equipes sempre favoritas ao mata-mata.
            Na temporada passada tivemos que engolir duas derrotas para a equipe de Nova Iorque. Que isso não se repita mais! Darei mais um voto de confiança para Toni Romo e companhia conquistar o tão sonhado Superbowl. Nós, os torcedores dos Cowboys, estamos amargando um grande jejum de títulos. Dominamos a década de 90 e agora só nos restou observar a vitória do nosso grande rival na temporada passada.
            Não vou levar em consideração os resultados da pré-temporada. Ela serve somente de laboratório para os calouros e os novos esquemas táticos de defesa e de ataque. Apesar disso fiquei um pouco preocupado com a atuação do novo qb K. Orton. Ele participou de 2 jogos e não conseguiu dar passes para touchdown. Caso Romo se lesione, o time cairá bruscamente de desempenho.
            Vamos torcer para que nessa temporada os Cowboys façam uma campanha digna da grandeza do time.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O drama de Kaká



A situação do Kaká no Real Madrid esta cada vez pior e, quando dizemos que nada pode piorar, eis que as coisas pioraram. O técnico luso José Mourinho resolveu “escrachar” de vez seu descontentamento com o jogador brasileiro. Agora ele já não disfarça mais sua insatisfação em contar o brasileiro para a temporada 2012/2013 do campeonato espanhol.
            Após deixar Kaká de fora, inclusive do banco de reservas dos primeiros jogos da liga (ele se quer foi relacionado para o jogo contra o Barcelona), Mourinho já anda dizendo para o próprio jogador que não quer mais contar com ele. Amigos próximos de Kaká relataram que o técnico português o trata como um inútil.
            Por ser uma pessoa muito religiosa, Kaká ainda esta levando as coisas na esportiva. Sobrou para o pai do jogador “tomar as dores” do filho. Dizem as testemunhas que o pai do Kaká bateu boca com o técnico e que o clima ficou pesadíssimo. Suspeita-se que José Mourinho anda dando preferência para os jogadores que fazem parte do seu agente.
            Agora vamos ver acompanhar as cenas do próximo capitulo. A melhor solução  será a saída de Kaká do Real Madrid. Ele já recebeu proposta para retornar ao Milan ou jogar na liga dos Estados Unidos. Uma coisa é certa, já não existe mais clima para o Kaká permanecer na Espanha. Não com José Mourinho como técnico.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A verdadeira situação do Brasil em caso de guerra - Parte 2


Segunda parte da reportagem sobre “A verdadeira situação do Brasil em caso de guerra” publicada no portal G1
por : Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo




Ao contrário dos soldados que se alistam para uma missão de paz, como no caso do Haiti, onde o Brasil construiu uma base com academia, ar-condicionado e rede de internet sem fio, os pelotões de fronteira são carentes de infraestrutura básica, como redes de esgoto, água e energia. Carros e barcos usados no dia a dia estão defasados. Os militares criam porcos para comer em caso de necessidade.

“A maior dificuldade aqui é termos apenas nove horas de energia. O material que precisamos é trazido uma vez por mês, em avião da FAB. Sabemos quando deve vir porque nos perguntam, uma semana antes, o que precisamos. Daí ficamos esperando. Não tem data prevista. Um vez o avião atrasou dois meses e tivemos que fazer racionamento”, conta o tenente Renzo Silva, de 23 anos, subcomandante do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Bomfim - na fronteira de Roraima com a Guiana -, que comandou, por um ano, o PEF na unidade indígena de Auaris - na divisa de Roraima com a Venezuela.
A oferta de luz depende da quantidade de combustível disponível para o gerador. Normalmente, são duas horas pela manhã (das 9h30 às 11h30), duas horas e meia à tarde (das 13h30 às 16h) e mais quatro horas e meia à noite (18h30 às 23h).
”Quem tem insônia tem que ficar deitado na cama, esperando o tempo passar”, diz Renzo Silva.

Quando o G1 visitou o PEF de Bomfim, em maio, a mulher do comandante da unidade havia sido picada na noite anterior por um escorpião e teve de ser levada para a capital Boa Vista. O militar teve de deixar o posto para acompanhá-la.
“Aqui tem animal peçonhento, cobra, escorpião. Meu maior medo é que minha filha de 10 meses coloque algo na boca. Não há acesso fácil a uma unidade de emergência”, diz a sargento Aline Marriette, de 29 anos.

Ela e o marido, o sargento paraquedista Pedro Rogério Martins Rosa, viviam em Nova Iguaçu (RJ) e trabalhavam em quarteis da capital fluminense até que decidiram, em janeiro de 2012, pedir transferência para a fronteira.

“Viemos para conhecer uma outra realidade do nosso Brasil. O Exército nos dá a oportunidade de conhecer cada pedacinho do país. A família sente saudades, mas aqui, pelo menos, não tem a violência que tínhamos no Rio. É uma vida mais sossegada”, diz Aline. “A babá que veio comigo do Rio enlouqueceu em um mês. Não quis ficar mais aqui e voltou”, relembra.

O maior problema para a atuação nas fronteiras é a ausência do Estado. São mais de 17 mil quilômetros de divisas, com 10 países, que são fluxo de criminalidade, com tráfico de drogas, armas, contrabando. Para vigiar as fronteiras, o Exército pretende implantar, até 2024, o Sistema Nacional de  Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que promete ver tudo o que ocorre nessas regiões e que começará a ser implantado ainda em 2012, em Mato Grosso do Sul.
Na fronteira da Amazônia, o Exército conta, atualmente, com 21 pelotões - bases avançadas para a vigilância das divisas do país. Segundo o general Eduardo Villas-Boas, comandante militar na região, a construção de cada unidade custa mais de R$ 20 milhões. Há um projeto para inaugurar outras 28 até 2030.
Cada unidade abriga entre 20 e 60 soldados, que seguem uma rotina baseada no triângulo “vida, trabalho e combate” - uma espécie de mantra para o militar não “enlouquecer” na selva.

“O Exército tem poder de polícia numa faixa de 150 quilômetros da fronteira para dentro do país. Se não é a gente aqui, passa contrabando, drogas, armas. Destroem nossas matas, nossa floresta. Nós vivemos e morremos por essa mata”, diz o cabo Samuel Nogueira.

Em Cleverlândia do Norte, em um destacamento militar no Oiapoque, fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, o soldado Fernando Ferreira, de 18 anos, recruta e com apenas 3 meses de treinamento, é o sentinela. “Tem alguém tentando invadir o Brasil?”, pergunta um oficial. “Não senhor!”, responde ele.
“Se alguma embarcação ou aeronave entrar no nosso território, eu tento o contato para mandar parar. Se não responder, eu posso atirar. Estou defendendo meu país”, afirma Fernando Ferreira. O trânsito no Oipoque é intenso por causa de garimpos no Rio Sequri, em território francês, que atraíram mais de 20 mil brasileiros. Também há relatos de tráfico de mulheres e crianças entre os dois países.

Na região, as operações para reprimir garimpos e desmatamento são intensas. Para levar comida, remédios e utensílios às tropas que passam dias em mata fechada, o soldado Edvin Benaiu, de 22 anos, foi treinado para pilotar as lanchas e barcos diante das piores adversidades. “Para chegar nos postos de Grand Rochele e Salto do Caxiri, onde alguns dos nossos militares ficam, tem que enfrentar o rio Oiapoque com correnteza e encachoeirado. Para não encalhar, tem que tirar tudo do barco, colocar nas costas, transpor as pedras, e seguir rio acima. É uma aventura”, conta.
O barco a motor leva quatro mil quilos de mantimento e demora até seis dias para chegar nas unidades. Por causa das corredeiras ou quando o rio está cheio, em alguns pontos só é possível navegar com "ubás", barcos indígenas que usam um tronco de madeira único. Embarcações de alumínio não resistem ao choque com as pedras e acabam danificadas.

“Na Amazônia, a logística é feita de barco para os pelotões de fronteira ou, em grandes quantidades, de avião, onde não tem como chegar via fluvial”, diz o general Villas-Boas.

O Batalhão de Aviação do Exército, sediado em Manaus, conta com apenas 12 helicópteros para atender as tropas de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Os veículos são usados apenas para operações. “Não podemos fazer logística com helicóptero, levar mantimentos. O custo é muito caro. Para isso, usamos embarcações”, afirma o general Villas-Boas.
A previsão é de que oito novos helicópteros estejam disponíveis até o fim de 2012. Na Amazônia, a hora de voo de um helicóptero varia entre R$ 11.588,70 (Cougar) e R$ 14.183,65 (Black Hawk). Já a hora de voo de um avião cargueiro como o Hércules, capaz de levar até 18 toneladas de mantimentos para os pelotões de fronteira, custa US$ 7.800 (cerca de R$ 15.800), incluindo manutenção, gasolina e pagamento de pessoal.
Região de disputas
Na fronteira do Pará com a Guiana Francesa e o Suriname, em área de difícil acesso disputada por garimpeiros, o PEF de Tiriós é a única base em mais de 1.300 quilômetros.
A região, vista como um ponto cego pelos militares, preocupa o comando da Amazônia que, em maio, mandou que homens especializados desbravassem a região. Foi a primeira vez que o Exército pisou na tríplice fronteira, inexplorada até então pelos órgãos públicos, segundo o general Villas-Boas.
No PEF do Brasil, a 12 km do Suriname, não há como chegar por estradas nem por rio. A base começou a ser usada pelos militares em 2003, mas a pista de pouso, que permite que os militares recebam mantimentos, só foi construída em 2010.

Ao contrário dos outros PEF, onde os militares passam um ano e moram com as famílias, a falta de infraestrutura faz com que o remanejamento dos soldados seja feito a cada 60 dias. “Uma vez tentamos vir pelo rio Paradoeste, a partir de Belém. Levou 42 dias e perdemos várias embarcações. As hélices das voadeiras batem nas pedras e acabam danificadas”, relembra o tenente Helder Reinaldo, de 23 anos, comandante do pelotão.

O efetivo ideal da unidade seria de 40 homens, mas sempre está defasado (chegou a ter apenas 17). A extensão da área significa que, se fossem espalhados, cada um dos 35 militares seria responsável pela cobertura de 39,5 quilômetros quadrados de fronteira.

Em maio, quando o vice-presidente, Michel Temer, visitou a unidade, o general Carlos Roberto de Sousa Peixoto aproveitou para pedir socorro. “Chega a ter quatro horas de luz por dia aqui e eu não consigo mandar um gerador mais potente, porque não vem avião com peso sobrando”, desabafou.
Já a tenente médica Iara Simão teve de aprender a atirar e anda sempre acompanhada de seguranças quando atende militares e indígenas na mata. A jovem de 29 anos morava com o marido, agente da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Eles foram transferidos para o Oiapoque no início de 2012.

“Às vezes os militares tem de ser retirados da selva para a base com doenças graves, como leishmaniose, malária, picadas de animais ou outras complicações. O trajeto de barco até nossa base pode demorar até seis horas. A gente faz de tudo para salvá-los. Aqui, o papai do céu ajuda muito. Sempre dá um jeito”, diz Iara.

“Eu e meu marido decidimos vir para cá buscando uma experiência nova, mas não é fácil abrir mão da família, da nossa casa, de restaurantes bons. Aqui, a gente precisa do básico para sobrevier”, acrescenta a oficial.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Macromedia


Saudade do tempo que o flash, e seus respectivos parceiros de produtos pertenciam a macromedia, antes de serem devorados pela força capitalista da Adobe. Não é exagero nenhum dizer que a macromedia ajudou a revolução na internet. Seus produtos eram voltados para isso, usar o Flash na época da macromedia era tão fácil quanto usar power point. Programação era um requisito não muito obrigatório para quem estava interessado em apenas algumas interações. Fiz diversos menus de aberturas de CD com o incrível Flash MX, a ultima versão da Macromedia. E o que falar do fireworks? Umas das melhores aplicações para quem quer fazer sites ou layouts de forma rápida e prática, e todo projeto salvo como se fosse uma simples imagem png, ou seja, dentro do arquivo você mantinha as informações de links, animações, objetos, camadas, etc. O Flash matou o gif animado dos websites, afinal um arquivo swf com muito mais cores (gif só suporta 128 cores) e ainda mais leve não deu chance alguma ao gif animado.
E o que aconteceu com esses produtos quando a Adobe pegou eles? Ficaram estagnados, parados, pesados.... pra não dizer que só teve mudança ruim, agora eles podem trocar arquivos uns com os outros, isso é muito bom. mas fazer uma aplicação em flash usando AS 3.0 é muito chato. tão chato que que o HTML veio ae pra acabar com isso. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A verdadeira situação do Brasil em caso de guerra!


Série de reportagens do G1 mostra situação de militares e riscos ao país.
Plano para reequipar tropas, assinado por Lula em 2008, pouco avançou.
Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo


Assinada em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê o reaparelhamento das Forças Armadas do país em busca de desenvolvimento e projeção internacional, mirando a conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, poucas medidas previstas no decreto tiveram avanços desde então.
O Exército, que possui o maior efetivo entre as três Forças (são 203,4 mil militares), está em situação de sucateamento. Segundo relato de generais, há munição disponível para cerca de uma hora de guerra.
O Exército usa o mesmo fuzil, o FAL, fabricado pela empresa brasileira Imbel, há mais de 45 anos. Por motivos estratégicos, os militares não divulgam o total de fuzis que possuem em seu estoque, mas mais de 120 mil unidades teriam mais de 30 anos de uso.

Carros, barcos e helicópteros são escassos nas bases militares. O índice de obsolescência dos meios de comunicações ultrapassa 92% - sendo que mais de 87% dos equipamentos nem pode mais ser usado, segundo documento do Exército ao qual o G1teve acesso. Até o início de 2012, as fardas dos soldados recrutas eram importadas da China e desbotavam após poucas lavadas.
A Estratégia Nacional de Defesa elencou entre os pontos-chave a proteção da Amazônia, o controle das fronteiras e o reaparelhamento da tropa, com o objetivo de obter mobilidade e rapidez na resposta a qualquer risco. Defesa cibernética e recuperação da artilharia antiaérea também estão entre os fatores de preocupação.

Um centro de defesa contra ataques virtuais começou a ser instalado pelo Exército em 2010, em Brasília, mas ainda é enxuto e não conseguiu impedir ataques a uma série de páginas do governo durante a Rio+20, em junho deste ano.
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), iniciativa que busca vigiar mais de 17 mil quilômetros de divisas com 10 países, começará a ser implantado ainda em 2012, com um teste na fronteira do Mato Grosso do Sul com Paraguai e Bolívia.

Segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, do Estado-Maior do Exército, a Força criou 245 projetos para tentar atingir os objetivos da Estratégia Nacional de Defesa. Ele afirma que os recursos, porém, chegam aos poucos.
Nos últimos 10 anos, a percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em defesa gira em torno de 1,5%, segundo números do Ministério da Defesa - em 2011, o valor foi de R$ 61,787 bilhões. Durante a crise econômica, entre 2003 e 2004, o índice chegou a 1,43%. O maior percentual foi registrado em 2009, quando 1,62% do PIB foram destinados para o setor.
Em 2012, o Exército receberá cerca de R$ 28,018 bilhões, mas 90% serão destinados ao pagamento de pessoal. Desde 2004, varia entre 9% e 10% o montante disponível para custos operacionais e investimentos.
A ideia do ministro da Defesa, Celso Amorim, é elevar gradativamente os gastos com defesa para a média dos demais países dos Brics (Rússia, Índia e China), que é de 2,4%. Segundo afirmou em audiência no Senado, o objetivo é fazer o Brasil ter maior peso no cenário internacional.
“Nós perdemos nossa capacidade operacional, sabemos dessa defasagem. A obsolescência é grande. Por isso, um dos nossos projetos busca a recuperação da capacidade operacional. Até 2015, devemos receber R$ 10 bilhões só para isso”, afirma o general Schneider Filho, responsável pelos estudos da END no Estado-Maior do Exército.

Falta munição

Dois generais da alta cúpula, que passaram para a reserva recentemente, afirmaram ao G1 que o Brasil não tem condições de reagir a uma guerra. “Posso lhe afirmar que possuímos munição para menos de uma hora de combate”, diz o general Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
“A quantidade de munição que temos sempre foi a mínima. Ela quase não existe, principalmente para pistolas e fuzis. Nossa artilharia, carros de combate e grande parte do armamento foram comprados nas décadas de 70, 80. Existe uma ideia errada de que não há ameaça. Mas se ela surgir, não vai dar tempo de atingir a capacidade para reagir”, alerta o general Carlos Alberto Pinto Silva, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), que coordena todas as tropas do país.
“Nos últimos anos, o Exército só tem conseguido adquirir o mínimo de munição para a instrução. Os sistemas de guerra eletrônica (rádio, internet e celular), a artilharia e os blindados são de geração tecnológica superada. Mais de 120 mil fuzis têm mais de 30 anos de uso. Não há recursos de custeio suficientes”, diz Santa Rosa. Ele deixou o Exército em fevereiro de 2010, demitido por Lula após chamar a Comissão da Verdade, que investiga casos de desaparecidos políticos na Ditadura, de “comissão da calúnia”.

Segundo o Livro Branco, documento que reúne dados sobre a defesa nacional, o Exército possui 71.791 veículos blindados, a maioria deles comprados há mais de 30 anos. Apenas um é do modelo novo, o Guarani, entregue em 2012 e que ainda está em avaliação. Um contrato inicial de R$ 41 milhões foi fechado para a aquisição dos primeiros 16 novos carros de combate. No último dia 7, um novo contrato foi assinado para a aquisição de outras 86 viaturas Guarani, ao custo de R$ 240 milhões.
"Nenhuma nação pode abrir mão de ter um Exército forte, que se prepara intensivamente para algo que espera que nunca ocorra. A população tem que entender que é preciso ter essa capacidade ociosa, sempre, para estar pronto para dar uma resposta se um dia for necessário", defende o general Fernando Vasconcellos Pereira, diretor do Departamento de Educação e Cultura do Exército.

Riscos e ameaças

Para saber quais equipamentos, tecnologias e armas precisam ser compradas e que outras mudanças são necessárias, o Exército criou o Grupo Lins, que reúne uma equipe para prever cenários de conflitos ou crises - internos ou externos - em que a sociedade e os políticos possam exigir a atuação dos militares até 2030.
O objetivo é antever problemas, sejam econômicos, sociais, de segurança pública ou de calamidade, e saber quais treinamentos devem ser dados aos soldados até lá.
Nesses cenários, a Amazônia e as fronteiras estão entre as maiores preocupações. O texto revisado da Estratégia Nacional de Defesa, entregue pelo governo ao Congresso Nacional em 17 de julho, destaca "a ameaça de forças militares muito superiores na região amazônica”.
Para impedir qualquer ataque, o Exército prepara o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que, através de um conjunto de sensores, radares e câmeras, permitirá a visualização de tudo o que ocorre nas fronteiras em tempo real. Os equipamentos facilitarão a repressão ao tráfico de drogas e armas, ao contrabando e aos crimes ambientais. A previsão é de que o sistema esteja totalmente operando em 2024.
O alto valor que o governo pretende passar para o Sisfron - R$ 12 bilhões até 2030 – movimentou o mercado nacional e fez com que empresas se unissem buscando soluções para vencer a licitação em andamento. Entre as interessadas estão Odebrecht, Andrade Gutierrez e Embraer, que fizeram parcerias com grandes indústrias do setor.
Para o historiador e criador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Geraldo Cavanhari, o Exército está em transformação e precisa se adequar para os inimigos do futuro. “O inimigo, seja interno ou externo, agora está extremamente bem armado. Por enquanto, não temos ameaças explícitas, mas temos que cuidar da nossa casa e estar preparados para responder, caso seja necessário”.
O general da reserva Carlos Alberto Pinto Silva diz que o problema continua sendo o orçamento. "Um coronel argentino me disse que eles aprenderam na guerra nas Malvinas que, se não existe a capacidade mínima de responder, não dá tempo para adquirir. Não adianta chorar depois”, afirma.

Mudança de percepção

Estudioso da área, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ronaldo Fiani entende que a abertura democrática e a criação do Mercosul provocaram mudanças na forma da população conceber a proteção do país, Consequentemente, foram feitos cortes nos investimentos militares. “O fim da ditadura e a união dos países latinos fez com que houvesse enfoque em integração, com diminuição do investimento na área militar", explica.

Burocracia, crises financeiras e déficit fiscal também são entraves para maior disponibilidade de recursos. “A única forma dos militares receberem mais investimentos é se integrando à pesquisa acadêmica e às empresas, como ocorre nos países desenvolvidos", diz Fiani.
O general Walmir Almada Schneider Filho concorda com o professor. “No primeiro mundo, o povo tem a mentalidade de que defesa e desenvolvimento caminham juntos e complementam-se. Um impulsiona o outro. Nós não queremos chegar neste patamar [de país voltado para a guerra], mas criar uma mentalidade de defesa, para que o povo discuta o assunto", diz.
“Eu acho que a redução dos investimentos tem relação com o período militar e a própria mentalidade da população, que vê como melhor alternativa aplicar os recursos em outro setor fundamental, como saúde, educação, etc", acrescenta Schneider Filho.

"Não há um palmo sobre o território brasileiro que não esteja sob a responsabilidade de uma tropa do Exército. Somos a organização mais presente em todo o território e que tem meios de chegar o quanto antes em qualquer situação. Por isso, assumimos cada vez mais responsabilidades e temos que ter capacidade para atuar em situações de emergência”, diz o general José Fernando Yasbech, também do Estado-Maior do Exército.
Yasbech se refere aos múltiplos empregos do Exército em ações civis dentro do país, como as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como a Constituição determina o emprego militar em casos graves de segurança pública. Além disso, o militares são convocados para o apoio em caso de enchentes, abertura de estradas, construção de pontes, distribuição de ajuda humanitária, apoio em eleições, combate à dengue e à aftosa, entre outros.

Proteger

Em 2012, mais uma linha de atuação está sendo aberta: os militares serão responsáveis pela defesa e proteção de infraestruturas estratégicas do país, como hidrelétricas, usinas nucleares, indústrias essenciais e centros financeiros e de telecomunicações a partir da criação do projeto Proteger. O programa terá recursos na casa dos R$ 9,6 bilhões e reunirá órgãos públicos dos estados e informações necessárias para prevenir, conter ou reprimir ataques ou acidentes nesses locais.
São mais de seis mil infraestruturas estratégicas existentes no país, sendo que 364 estão entre as mais críticas, conforme levantamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
"O trabalho será tanto no sentido de prevenir acidentes nessas estruturas como também de identificar riscos e, eventualmente, contê-los", diz o general José Fernando Yasbech, que responde pelo projeto.

O trabalho começará no Paraná, com a implementação de um centro de ação conjunta com polícia, Bombeiros e Defesa Civil para defender a Usina de Itaipu.

“O reaparelhamento das Forças Armadas vai além de apenas dizer que um país pacifista está tomando uma atitude de se tornar mais bélico. O emprego dos militares tem sido bem diferente nos últimos anos, seja em ações de defesa civil, de segurança pública, de apoio aos órgãos estaduais. E isso demanda alterações estruturais profundas na política, na mentalidade da população e em investimentos”, diz Iberê Pinheiro Filho, mestre em Relações Internacionais e estudioso da Estratégia Nacional de Defesa.

Procurado para comentar a atual situação do Exército, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, que escreveu o texto da Estratégia Nacional de Defesa, disse que se considerava "moralmente impedido de falar" devido à "relação íntima e especial com as ações e tarefas de que tratará a reportagem".
"Direi apenas o que escrevi na dedicatória de um livro que dei à biblioteca do Exército, por mãos do general que a comanda: o Exército brasileiro é a mais importante instituição do Brasil", afirmou Mangabeira Unger ao G1.
Já o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que também assinou a END em 2008, disse que não iria comentar a situação, pois não ocupa mais o cargo.