terça-feira, 25 de outubro de 2011

Minha primeira vez!



Minha primeira experiência no maracanã foi aos 10 anos de idade e foi ali que eu realmente me tornei um tricolor!
Éramos muito pobres e meu pai trabalhava incessantemente, de segunda a sábado em seu emprego de Carpinteiro e aos domingos invariavelmente ele tinha algum biscate para fazer, complementando assim a renda mensal.
Era como se fosse uma experiência religiosa: Eu e meu pai acabávamos de tomar o café da tarde e ficávamos sentados no sofá da sala. O rádio, um Phillips de 4 pilhas grandes ligado em cima da mesa de centro, como se fosse a televisão que não possuíamos era ligado num volume alto, para não perdermos nenhum lance. Eu adorava aquilo, principalmente porque tinha poucos momentos juntos a meu pai, coitado, que vivia sempre ocupado trabalhando. Eu imaginava os lances, acompanhava a tudo com a maior atenção e pulava junto do goleiro Félix, para fazer uma defesa espetacular, ou roubava a bola do adversário com a calma e a tranqüilidade de Denílson, o “Rei Zulu”. Vibrava com os golaços de Flávio, o “Minuano”, e me divertia com os dribles imprevisíveis do ponta-direita Cafuringa!
Certo dia, meu pai me avisou que iríamos ao Maracanã ver o Fla-Flu. Eu me recordo que fui sem saber que era a decisão do campeonato carioca, só sabia que iria no Maracanã e que era algo que eu nunca tinha imaginado na minha vida! Eu era só expectativa, porque naqueles tempos duríssimos, era raro um passeio que não fosse à Quinta da Boa Vista ou à praia, divertimentos gratuitos.
Quando lá chegamos, fiquei boquiaberto! Havia muita gente indo pra lá e pra cá, cada uma mais apressada que a outra. Meu pai segurava minha mão com uma força maior que normalmente usava, e a todo momento me recordava para não me afastar dele. Meu coração batia descompassado e fui entrando, sem querer, na mesma excitação que unia a todos naquele momento. Meu pai comprou as entradas, sempre me carregando pra lá e pra cá e eu apenas seguia, como ele queria. Entramos por uma espécie de túnel e quando saímos do outro lado, tive a visão encantada do gramado do maracanã! O estádio era enorme, gigantesco e estava completamente abarrotado. Tivemos sorte de encontrar um lugarzinho para dois, apertando aqui e e ali e ficamos eu e meu pai, praticamente sem nos falar, pois logo em seguida o Fluminense entrou em campo. Uma multidão gritando e cantando, agitando enormes bandeiras coloridas, jogando pó-de-arroz, e soltando bolas de gás. Era muita alegria para meu pequeno coração. Eu olhava a tudo, sem querer perder nenhum detalhe, os olhos girando pra lá e pra cá, querendo saber todos os detalhes, todos os movimentos dentro e fora do campo.
Me lembro que antes da partida ser iniciada, soltaram vários pombos que voaram em círculos cada vez maiores, como se tivessem ensaiado durante toda a semana para essa cerimônia em especial. Balões foram soltos e cada torcida vibrava quando o seu balão conseguia escapar do estádio e voar livre, pelo Rio de Janeiro.
Quando a partida começou, iniciou-se também o meu sofrimento. O Flamengo partiu pra cima do Fluminense e não dava um minuto de descanso. Uma ou duas vezes o Flamengo esteve a ponto de marcar, mas o grande goleiro Félix salvou-nos por pouco. De repente, gol do Fluminense! Uma bola rebatida pelo goleiro Domingues do Flamengo sobrou pelo lado esquerdo. Lula, nosso ponta-esquerda tentou fazer o gol, dando um chute que passou rasteirinho a centímetros da linha de gol e acabou do lado oposto onde vinha entrando o ponta-direita Wilton que sem ângulo, conseguiu meter a bola dentro do gol! Eu e meu pai pulamos, gritamos e demoramos a nos sentar novamente. No entanto, a pressão do Flamengo não diminuía, e nosso sofrimento aumentava. Faltando dez minutos para terminar o primeiro tempo, o meio campista do Flamengo, Liminha, acertou um “canhão” pelo alto, de longe, empatando a partida.
Na nossa frente estava uma menina, adolescente, torcedora do flamengo, que começou a me encarnar, jogando pipocas do saco que ela estava comendo em mim, dizendo que o Flamengo iria ser campeão, porque o Flamengo era melhor, porque o Fluminense era fraquinho... aquilo mexeu com meus brios! Fechei a cara e passei a gritar mais alto quando o jogo recomeçou e pra minha surpresa, logo em seguida, o Fluminense desempatou a partida, com um gol de Cláudio. Melhor ainda: o goleiro do Flamengo reclamou com o juiz e acabou expulso, ficando o Flamengo com um jogador a menos. Devolvi todas as encarnações para a flamenguista à minha frente que, abusada, ainda devolvia minhas gozações dizendo que o Flamengo seria campeão, porque bastava empatar. Aquilo era uma surpresa pra mim. Era uma decisão? Quem ganhasse seria campeão? Se o jogo terminasse empatado o Flamengo era campeão? Perguntei tudo de uma só vez ao meu pai que confirmou cada uma das perguntas, me deixando um tanto confuso, mas aí o jogo de futebol transcendeu sua importância, tornando-se vital para mim. Era questão de honra o Fluminense ser campeão! A garota não parava de me infernizar, cantando a toda hora que o Flamengo seria campeão. E de fato, em campo, o Flamengo pareceu crescer ainda mais, dando a nítida impressão que era o Fluminense que estava com um jogador a menos! Mentalmente eu xingava a garota e a todos os flamenguistas da face da terra e torcia desesperadamente para que o jogo terminasse logo e o Fluminense fosse o campeão.
Segundo tempo iniciado e o panorama continuava o mesmo: só dava Flamengo e a menina ali, me azucrinando. Ela deve ter percebido que eu estava fervendo de raiva e isso era um incentivo a mais para me caçoar. Por volta dos quinze minutos, o que estava se desenhando aconteceu: Gol do Flamengo. Dionísio, de cabeça! Parecia que o mundo ia se acabar. Parecia que naquele maracanã só tinha torcedor do Flamengo. Senti cada grito dirigido a mim somente, como se os mais de cento e setenta mil torcedores presentes gritassem diretamente nos meus ouvidos. Meu rosto ficou roxo de fúria, e a tal garota não parava de me encher o saco! Dali por diante, eu quase não via nada, porque todos os presentes estavam de pé, alucinados com uma das partidas de futebol mais emocionantes de todos os tempos. Era tanta gente que meu pai, preocupado, resolveu sair do estádio antes do término da partida. Caminhamos por umas ruas largas, a procura de uma condução que nos levasse pra casa, quando repentinamente um grito de gol se fez ouvir. Meu pai não tinha radio pequeno de pilha, e então ficamos sem saber quem tinha feito gol, mas meu coração ficou mais apertado. Tinha certeza que era gol do Flamengo, porque o Fluminense estava virtualmente derrotado, apenas se defendendo enquanto o Flamengo massacrava nosso time. Finalmente entramos num ônibus, superlotado, e ainda ferreamente seguro pela mão do meu pai, consegui me ajeitar num cantinho mais ou menos protegido ao lado de um cara que estava ouvindo o jogo por um radinho de pilha. Eu não tinha coragem de perguntar quem tinha feito o gol e nem conseguia entender nada do que se falava no rádio. Uma confusão danada, uma gritaria, com muita gente do lado de fora gritando “É campeão! É Campeão!” e a angústia crescendo no meu peito até que alguém gritou: “Flusão Campeão!”
Não me lembro de mais nada daquele minuto em diante, até a volta pra minha casa. A única coisa que eu pensava era naquela garota, flamenguista. “Toma, papuda!” era o que eu queria dizer na cara dela! Me senti vingado! Feliz como nunca antes na minha vida, sem saber que anos depois, eu me apaixonaria e casaria com uma garota flamenguista!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dallas Cowboys 34 x 7 S.T. Rams

Apesar de ter sido uma excelente vitória, era uma obrigação dos cowboys ter derrotado em casa a fraca equipe dos Rams para ainda sonhar com uma vaga nos playoffs. Próximo Domingo os vaqueiros realizarão o derby contra a equipe dos Eagles e, caso os Giants não vençam, os Cowboys poderão chegar a liderança do seu grupo. A partida será na Filadélfia, casa dos Eagles.

Um destaque na partida de ontem foi o calouro DeMarco Murray que, após correr 253 jardas no total, bateu o recorde em distância percorrida em uma única partida pelos Cowboys, superando o ídolo da década de 90 Emmit Smith. Apesar de começar no banco de reservas, quando entrou em campo D. Murray marcou um TD após correr 93 jardas. Com essa façanha ele já esta se tornando um ídolo em Dallas.

Tony Romo outra vez não estava nos seus melhores dias, mas mesmo assim deu no total 166 jardas de passes. O jogo serviu para dar uma tranquilidade para a torcida e para o Quarterback que estava sofrendo uma pressão absurda por um bom desempenho nas partidas em casa.

Foi boa a vitória de 34x7 dos Cowboys para cima dos Rams, pois vai dar um ânimo para o time enfrentar os Eagles na semana que vem. Além de ser um confronto direto, pois os times são do mesmo grupo, uma vitória dos vaqueiros faz com que os Eagles permaneçam na última posição. Sem contar que com um tropeço dos Giants, os Cowboys podem chegar a liderança do grupo.
Agora é torcer.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vencer ou vencer

Algo que realmente tem me incomodado muito é o comodismo no último quarto do time dos Cowboys. No último Domingo, contra os Patriots, os Cowboys estavam ganhando a partida de 16 x 13, até que chegou o 4º período e o time resolveu segurar o resultado. O único problema era que do outro lado estava nada mais e nada menos que Tom Brady, eleito o melhor jogador da temporada passada que, sobre pressão, se sai muito bem. Bem melhor que Tony Romo dos Cowboys. E, sendo assim, deu Patriots por 20x16, com um excelente passe de Brady para touchdown nos 2 minutos finais, sem chance de reação para Tony Romo e companhia.

Próximo Domingo (23/10) o time de Dallas enfrenta o lanterninha do grupo NFC West, o Saint Louis Rams que ainda não ganhou uma partida. Não é possível que dessa vez jogando em casa os Cowboys vão decepcionar sua enorme torcida. É obrigação conquistar uma vitória convincente para respirar e ter chances de se classificar para os playoffs dessa temporada. Com um 3º lugar no grupo NFC East, os Cowboys precisam vencer essa partida para chegar a 4 vitórias e embalar para o clássico contra os Eagles na próxima rodada, partida que será na Philadélfia.

Apartir de agora é vencer ou vencer para os vaqueiros de Dallas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Deu pena dos Vikings

No jogo que fechou a noite deste domingo 16/10, Vikings e Bears fizeram um duelo onde só um time brilhou. Os bears reinaram sobre o fraquíssimo time dos Vikings (39-10). Apesar dessa enorme diferença qualitativa foi um jogo interessante. Vi a ótima apresentação do Matt Forte, o cara é bom mesmo, um dos melhores RB dessa temporada. Do outro lado vi um dos piores kicker e punter entrando em ação, cada chute pior que o outro. Coitado dos torcedores dos Vikings, fiquei com pena só de assistir aquela derrota inevitável. Na posição de QB dos vikings, tivemos uma dança das cadeiras, Donovan McNabb nao ia bem, seu substituto Webb tbm não mostrou um bom resultado. No final as coisas melhoraram um pouco, enquanto os Bears poupavam seu QB titular Jay Cutler, os Vikings colocavam Ponder Christian para jogar como QB. Ele foi um dos melhores, mostrou ousadia e habilidade. Pena que o jogo ja estava decidido. Será que McNabb continua como titular?

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma tarefa muito difícil

Os Cowboys terão uma difícil tarefa amanhã no Gillete Stadium, onde enfrentarão os Patriots de Tom Brady para continuar respirando e com chances de classificação para os playoffs da NFL. Com 2 vitórias e 2 derrotas, os Cowboys apostarão novamente nos lançamentos de Tony Romo e recepções de Miles Austin para derrotarem os favoritos Patriots e tentar assumir a segunda posição em seu grupo, o NFC East. Enquanto isso os Patriots com 4 vitórias e apenas 1 derrota lutarão para mais uma vitória no grupo AFC East, sonhando chegar na liderança caso os Bills não vençam os Giants também em partida a ser realizada amanhã.

O grande problema para os Cowboys é a contusão de Tony Romo. Ainda sofrendo com as dores de uma costela quebrada e jogando com uma proteção especial, Romo não se sente seguro em efetuar seus lançamentos. É nítido o medo que ele sente em ser "sacado" pela defesa adversária. Talvez seria melhor deixá-lo de fora de mais uma temporada e colocar em seu lugar o veterano Jon Kitna. Este último mostrou-se muito bem nos últimos jogos da temporada passada pelos Cowboys. Esta certo que demorou um pouco a pegar "ritmo" de jogos, mas quando "engrenou" Jon Kitna mostrou-se um quaterback muito eficiente. O trunfo do time de Dallas para a partida seria a ótima fase de Miles Austin que já marcou 4 touchdowns na temporada recebendo passes.